Lula diz que Bolsonaro liberou armas para "agradar o crime organizado" e promete fechar "quase todos" os clubes de tiro
"Temos que fechar quase todos, só deixar abertos aqueles que são da polícia e do Exército. É organização policial que tem que ter lugar para treinar tiro", afirmou
247 - O presidente Lula (PT) afirmou nesta terça-feira (25), durante o programa "Conversa com o presidente", que Jair Bolsonaro (PL) flexibilizou o acesso a armas de fogo durante seu governo para "agradar o crime organizado". Ele ainda prometeu fechar "quase todos" os clubes de tiro no Brasil. >>> Lula diz que negociação com o Centrão é "normal" e visa "dar tranquilidade ao governo" no Congresso
"Esse decreto de liberação de armas que o presidente anterior fez era para agradar o crime organizado, porque quem consegue comprar [armas] é o crime organizado e gente que tem dinheiro. Pobre trabalhador não está conseguindo comprar comida, não está conseguindo comprar material escolar do seu filho, não está conseguindo colocar um brinquedo que o moleque precisa no Natal. Então como é que as pessoas que trabalham vão comprar fuzil, rifle, dez, 12, 15 pistolas? Que diabo é isso? As pessoas querem comprar carne, querem comprar óleo, querem comprar cebola, coisa para comer, para escrever, livro. As pessoas não querem violência", declarou.
Lula disse já ter orientado o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), a providenciar o fechamento dos clubes de tiro, permitindo o funcionamento apenas daqueles utilizados pelas polícias e Exército. "Eu, sinceramente, não acho que o empresário que tem um lugar de praticar tiro é empresário. Eu, sinceramente, não acho. Eu já disse para o Flávio Dino: temos que fechar quase todos, só deixar abertos aqueles que são da Polícia Militar, do Exército ou da Polícia Civil. É organização policial que tem que ter lugar para atirar, para treinar tiro. Não é a sociedade brasileira, nós não estamos preparando uma revolução. Eles tentaram preparar um golpe. Nós não". >>> Lula detalha dores no quadril e diz que vai operar em outubro: 'enquanto me recupero o Alckmin fica no comando'
O presidente ainda reafirmou ser “totalmente contra" o armamentismo: "o Brasil vai melhorar quando a gente entrar na era do livro, na era da cultura".
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