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    Lula diz que falta um "tiquinho" para vitória no 1º turno e afirma que não embarcará em campanha rasteira

    "Estamos disputando com adversários que resolveram tentar nos atacar tanto quanto o nosso mais importante opositor", afirmou o petista

    Lula (Foto: Reprodução)

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    247 - O ex-presidente Lula (PT) participa nesta terça-feira (6) de uma reunião com o conselho político dos partidos que dão sustentação à sua candidatura à Presidência da República. Em fala aberta à imprensa, ele reafirmou sua expectativa por uma vitória já no primeiro turno e disse estar sofrendo ataques não só de seu principal adversário, Jair Bolsonaro (PL), mas também de outros candidatos. Apesar de não ter sido citado por Lula, Ciro Gomes (PDT) é visto pela campanha petista como "linha auxiliar de Bolsonaro" e tem causado incômodo entre seus próprios eleitores.

    Lula afirmou não querer descer o nível da campanha. "De todas as eleições que eu já participei, essa parecia ser a mais difícil, porque nós estamos disputando contra alguém que não conhece nenhuma prática democrática. Estamos disputando as eleições com alguém que trabalha na base da fake news todo santo dia. E nós estamos também disputando com os adversários que resolveram tentar nos atacar tanto quanto o nosso mais importante opositor. O dado concreto é que a gente não tem que ficar retrucando e a gente não tem que ficar aceitando o nível baixo de campanha. Nós não precisamos fazer jogo rasteiro. Temos que tentar discutir os assuntos que interessam ao povo brasileiro. O povo quer resolver o problema da sua dívida, do seu desemprego, de acabar com a economia informal e o povo quer voltar a sorrir e a comer nesse país".

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    "Tem candidato por aí que não faz comício, e não faz comício porque não quer. É porque não junta gente. É preciso ter história, ter programa, é preciso ter compromisso para poder juntar o povo na rua e discutir com ele", provocou. 

    Para Lula, é real a chance de vitória já no primeiro turno da eleição. O ex-presidente deixou claro ser esse seu objetivo. "De todas as eleições que eu participei, nunca tivemos a chance de resolver no primeiro turno como temos nessas eleições. E a gente não tem que ter vergonha de dizer isso. Se o cara que tem 1% quer ir para o segundo turno, por que nós não podemos ganhar no primeiro turno se falta apenas um 'tiquinho'? Quanto falta para a gente chegar lá? Tem hora que são cinco [pontos], tem hora que são quatro, três. O que a gente precisa é aumentar nossa capacidade de trabalho. Temos que nos perguntar todo dia o que nós estamos fazendo, quantos votos eu consegui, com quantos adversários eu conversei e quantos eu convenci. É isso que nós temos que fazer, meus companheiros. Nós ainda não demos visibilidade à campanha na rua. A gente ainda não deu. E é preciso que a gente dê. A campanha precisa não apenas ser vitoriosa, mas tem que ter uma marca de participação popular e social, e é isso que nós sabemos fazer, já fizemos e temos que fazer até o dia 2 de outubro".

    O petista novamente repetiu que não cairá na provocação e em ataques de opositores. "Continuo com a mesma tranquilidade do primeiro dia. Nada, nada vai fazer com que eu baixe o nível da minha campanha. Eu vou continuar tentando dizer para o povo que é possível reconstruir esse país, que um outro país é possível. Nós já fizemos uma vez e a gente pode fazer melhor. Nós temos mais experiência, estamos mais calejados. O Brasil está em uma situação mais difícil? É verdade, está. O Brasil nunca esteve tão abandonado quanto está hoje, ninguém quer vir ao Brasil e ninguém convida o coisa [referência a Jair Bolsonaro] para ir lá. O que nós vamos fazer? Restabelecer para o Brasil a cidadania internacional. Vamos conversar com o mundo. Vamos receber o mundo aqui dentro e vamos visitar o mundo".

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