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    "Lula é a única liderança mundial verdadeiramente empenhada em parar Netanyahu", diz coordenador do Prerrogativas

    Jurista Marco Aurélio de Carvalho defendeu o presidente Lula dos ataques que vem sofrendo do governo de extrema direita de Israel

    Marco Aurélio de Carvalho, Lula e Benjamin Netanyahu (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil | Ricardo Stuckert/PR | Reuters)

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    247 - O coordenador do Grupo Prerrogativas, o jurista Marco Aurélio de Carvalho, afirmou nesta segunda-feira (19) que o presidente Lula é a "única liderança mundial verdadeiramente empenhada em parar" a guerra de Israel na Faixa de Gaza e os ataques promovidos pelo governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que já deixaram mais de 29 mil palestinos mortos no enclave sitiado

    Por conta de críticas contundentes do presidente Lula aos ataques promovidos pelo governo israelense em Gaza, Tel Aviv decidiu atacar o chefe de Estado brasileiro, declarando-o persona non grata.

    Em resposta, Carvalho afirmou que a fala do presidente Lula expressa um desejo de obter a paz na região. Ele também lembrou que o presidente Lula em repetidas vezes condenou os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando cerca de 1.200 pessoas foram mortas em Israel, segundo Tel Aviv. 

    Ele também criticou aqueles que buscam explorar as críticas de Lula para atacar o governo federal e citou o exemplo de judeus progressistas ao redor do mundo que têm se levantado contra o governo de extrema direita de Israel. Leia abaixo a íntegra da nota de Marco Aurélio de Carvalho: 

    Lula é a única liderança mundial verdadeiramente empenhada em parar Netanyahu.

    Nem Biden, nem os europeus estão conseguindo evitar que Netanyahu invada Rafah e ocupe a Faixa de Gaza.

    É realmente importante que a fala do Presidente Lula seja analisada na exata dimensão em que foi proferida. Lula vai continuar buscando a paz entre as nações. E vai ter a oportunidade de explicar suas posições e deixar claro mais uma vez que condena com veemência os ataques terroristas do Hamas, e que também condena a manutenção de todos os reféns que ainda não foram libertados e a reação criminosamente desproporcional de Netanyahu.

    Tenho certeza absoluta que Lula pautou um debate importante, e que abriu, com isso, uma oportunidade muito rica para um aprendizado coletivo.De toda sorte, a exploração política exagerada, desonesta  e oportunista do episódio não me parece ser o melhor caminho. 

    O que espanta é que os textos a respeito do episódio não mostram a indignação que todos os humanistas deveriam sentir com a matança que está acontecendo em Gaza. 

    Sim. Matança! De mulheres e crianças … de civis inocentes ! Quem seria capaz de negar isso?

    Judeus progressistas do mundo todo têm se levantado corajosamente contra o que está ocorrendo na região. E é perfeitamente possível conciliar as indignações. Sem seletividade!

    Podemos condenar com a mesma força o terrorismo odioso do Hamas, e a reação completamente criminosa e desproporcional do governo de extrema direita de Netanyahu. Qual a dificuldade?

    Precisamos enfrentar o tema com toda a complexidade que ele tem, mas sem perder a coerência e o senso crítico. Mas para que não sejamos mal interpretados, reitero:

    1. Toda a solidariedade do mundo aos judeus, ao povo de Israel e também ao povo palestino;

    2. ⁠Que a história não se repita jamais. Precisamos, para isso, combater com toda a força e empenho o antissemitismo que nos cerca e assombra. E que ele não seja justificativa para explicar ou relativizar o horror e a barbárie desta guerra; 

    3. ⁠Que possamos olhar para além dos muros, e enxergar que não existe um direito natural à reações desproporcionais… que não existe nada que justifique a morte banal e desnecessária de milhares de civis inocentes (e não importa o credo, a raça ou a cor);

    4. ⁠Que possamos olhar para além dos muros e enxergar o sofrimento de milhões de pessoas que foram jogadas involuntariamente nesta guerra sangrenta que só produz morte e miséria;

    5. ⁠Que os reféns sejam libertados imediatamente, e que a ONU seja empoderada adequadamente para mediar a paz na região e no mundo;

    6. ⁠Que os responsáveis sejam devidamente penalizados;

    7. ⁠E que, como diz a canção, não sejamos “indiferentes”.

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