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    Lula fala em risco à democracia após avanço da extrema-direita em eleição para Parlamento Europeu

    "As pessoas que respeitam a democracia têm que brigar para que a democracia prevaleça na Europa, na América do Sul, na América Latina, na Ásia e em todos os lugares", disse

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante chegada a Genebra, no Aeroporto Internacional da cidade suíça (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que a democracia como é conhecida atualmente está sob risco após avanço da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu realizadas no último fim de semana.

    Em fala a jornalistas em Genebra, na Suíça, onde participará de evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Lula disse ainda que aqueles que acreditam na democracia precisam brigar para preservá-la em todos os lugares do mundo.

    "Eu tenho dito a todo mundo que nós temos um problema de risco da democracia tal qual nós a conhecemos. Porque o negacionista nega as instituições, nega aquilo que é o Parlamento, aquilo que é a Suprema Corte, aquilo que é o Poder Judiciário, aquilo que é o próprio Congresso. Ou seja, são pessoas que vivem na base da construção de mentiras", disse Lula ao ser questionado sobre o resultado das eleições para o Parlamento da União Europeia.

    "Eu acho que é um perigo, mas acho que um alerta também. Acho que as pessoas que respeitam a democracia têm que brigar para que a democracia prevaleça na Europa, na América do Sul, na América Latina, na Ásia e em todos os lugares", acrescentou.

    A extrema-direita foi a mais votada nas eleições para o Parlamento Europeu na França, o que levou o presidente francês, Emmanuel Macron, a dissolver o Parlamento francês e convocar eleições legislativas antecipadas, após a vitória do partido de extrema-direita Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, para o Legislativo da UE.

    Na Alemanha, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que está oficialmente sob vigilância da agência de inteligência alemã por suspeita de pretender destruir a democracia do país, foi o segundo mais votado nas eleições para o Parlamento Europeu no país, ao passo que o governista Partido Social-Democrata, do chanceler Olaf Scholz, teve o pior resultado eleitoral de sua história.

    Apesar do avanço da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu, o grupo centrista da atual presidente da Comissão Europeia, órgão Executivo da UE, Ursula von der Leyen, ficou com a maior quantidade de assentos -- 402 na assembleia de 720 cadeiras -- e ela já iniciou negociações para formar uma coalizão e permanecer no cargo.

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