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Lula: 'não podemos assistir, apáticos, ao extermínio da juventude negra em nosso país'

O presidente defendeu mais direitos sociais no Brasil ao lançar um programa voltado para os jovens negros

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressaltou nesta quinta-feira (21) a importância do programa Juventude Negra Viva. "Não podemos achar normal. Não podemos assistir, apáticos, ao extermínio da juventude negra do nosso país", disse o chefe de Estado em Brasília (DF). Dentro de um pacote de R$ 1,5 bilhão, o programa terá o Projeto Nacional de Câmeras. O Ministério da Justiça prevê cerca de R$ 13 milhões para a aquisição das câmeras corporais, que são defendidas pela gestão do ministro Ricardo Lewandowski como instrumento para redução das mortos de negros causadas por policiais. Os jovens negros "representam aproximadamente 23% da população brasileira", disse o governo federal.

"Queremos nossos jovens vivos, com acesso a todas as oportunidades a que eles têm direito. Queremos um país com mais justiça social, menos desigualdade e sem nenhum tipo de discriminação, seja de raça, gênero, orientação sexual ou qualquer outro tipo", pontuou Lula. 

"O que nós estamos apresentando são ações para assegurar que a juventude negra viva em plenitude, sem estar sempre exposta a carências, violências e injustiça. Que tenha acesso a educação, saúde, cultura, segurança, lazer, emprego de qualidade, remuneração justa e todas as oportunidades para viver melhor". 

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Ato contra o racismo. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

De acordo com o o estudo Pele Alvo: a Bala não Erra o Negro, realizado pela Rede de Observatórios da Segurança, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), em 2023, o número de pessoas mortas pela polícia em apenas oito estados brasileiros foi de 4.219 no ano anterior - 2.700 foram considerados negros (pretos ou pardos) pelas autoridades policiais, ou seja, 65,7% do total. Se considerados apenas aqueles com cor/raça informada (3.171), a proporção de negros chegaria a 87,4%. 

As estatísticas foram obtidas com base em dados fornecidos pelas polícias do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de Pernambuco e do Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).

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