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    Lula reúne multidão em Diadema: 'temos obrigação de mudar a história desse país'

    “A gente não quer passar fome, a gente não quer comer do pior. Vamos ser eleitos para tomar conta do povo brasileiro”, afirmou o ex-presidente

    (Foto: Ricardo Stuckert)

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    Site do Lula - Em ato público hoje, 09 de julho, em Diadema (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, pelo bem dos filhos e netos, é obrigação do Brasil mudar a história, acabar com a pobreza, com a fome e com a miséria.

    “A gente não quer passar fome, a gente não quer comer do pior. Temos a obrigação de mudar a história desse país a bem dos nossos filhos e netos.(…)  Vamos ser eleitos para tomar conta do povo brasileiro”, disse em discurso ao lado do pré-candidato a vice Geraldo Alckmin, do pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad e do pré-candidato ao Senado, Márcio França.

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    Lula lamentou o fato de o Brasil ter hoje 33 milhões de pessoas passando fome, 105 milhões em situação e insegurança alimentar e ter voltado ao Mapa da Fome, mesmo sendo um dos maiores produtores de alimento do mundo.

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    Segundo ele, a fome resulta da falta de dinheiro, que é fruto do desemprego, que, por sua vez, acontece por irresponsabilidade de quem governa.

    “Já provamos que aumento de salário não faz mal para ninguém. Já provamos que comer bem não faz mal para ninguém. Já provamos que pobre tem direito, que pobre, que trabalhador tem direito porque aqui nem eu nem vocês fizermos opção para gostar da pobreza, para gostar da miséria. O que a gente quer é acabar com a pobreza, acabar com a miséria.

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    O ex-presidente voltou a destacar a importância das políticas públicas para acabar com a violência nas periferias das cidades e defendeu que o Estado cuide de jovens que muitas vezes são tratados como bandido e caso sem solução. Segundo ele, é preciso achar a causa que leva alguns jovens para a violência.

    “É preciso entender que a violência que acontece nas periferias não é a polícia que vai resolver. É o Estado estar na periferia com polícia pública, com saúde, educação, inclusive, educação em tempo integral. (…) Se num bairro pobre de Diadema tiver escola, saúde, área de lazer para a meninada brincar, lugar para as pessoas participarem da vida cultural de sua cidade, tiver rua iluminada, asfaltada, tiver água encanada, tratamento de esgoto, não tem porque ser violento”, disse.

    Emoção toma conta

    A passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado (9) por Diadema foi marcada por muita emoção. Famílias inteiras, crianças, jovens, prestigiaram mais esse ato do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil. Do palco, beneficiados por programas criados pelo PT compartilharam suas histórias.

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    Vida transformada

    Muito emocionada, Vanilza dos Santos, beneficiada pelo Minha Casa Minha Vida, comemorou a oportunidade de conhecer Lula e demonstrar sua gratidão. Ela saio do estado da Bahia para São Paulo em busca de tratamento para a filha, que é especial.

    “Encontrei pessoas no meio do caminho que me indicaram o programa MCMV e graças a Deus eu fui contemplada e minha vida se transformou. Eu pagava aluguel e tinha os gastos com minha filha. Era muito difícil. Hoje me considero uma pessoa mais tranquila para cuidar dos meus sete filhos”, comemora.

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    Vanilza lamenta o desmonte do programa que, entre 2009 e 2016, entregou 2,7 milhões de moradias em milhares de municípios brasileiros. “Por eu ter sido contemplada e hoje eu estar melhor, quero que outras pessoas também sejam”.

    Como tanto outros brasileiros que se beneficiaram de políticas públicas criadas nos governos de Lula e do PT, Vanilza demonstrou sua gratidão. “Quando falei que estaria aqui, o pessoal disse: ‘não deixe de agradecer o pai’. Você realmente é o nosso pai, Lula. Tirou a gente da miséria e eu preciso que a gente possa fazer com que isso aconteça novamente. Muito obrigada! Tenho fé e esperança que o Brasil vai mudar. E a mudança já está pronta, só depende da gente”.

    Revolução pela educação

    Representando os mais de 1.400 beneficiados pelo Prouni em Diadema, Felipe Garcia contou sua história. Nascido e criado em um núcleo habitacional da cidade, Felipe teve sua vida transformada por políticas públicas como a urbanização de favelas, que o tirou das estatísticas de mortalidade infantil que assolava o povo mais pobre da cidade no final da década de 90.

    “Esse menino cresceu, presidente, e mais tarde, também as políticas públicas de educação tiraram esse menino da trilha do crime e das armas e o levaram para a trilha da escola, dos livros e da biblioteca”, disse.

    Crescido, Felipe colocou na cabeça que queria realizar um sonho: ser arquiteto. Mas como é que um menino crescido numa viela de Diadema poderia chegar em uma faculdade? Graças a Lula e Fernando Haddad, Felipe sentou na cadeira da faculdade de arquitetura e urbanismo da Faculdade Mackenzie, uma das mais caras do país, com bolsa de 100%, e hoje está formado.

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    Ele contou que o seu primeiro dia de aula foi marcado por um protesto na porta da universidade contra o Prouni e o Enem. Os manifestantes diziam que os programas desqualificariam a universidade. No seu último ano de faculdade, esbarrou com uma equipe de jornalistas que preparava uma reportagem que dizia que a média dos alunos do Prouni e do Enem era melhor que a dos alunos que entraram na faculdade pelo processo tradicional.

    “Eles querem nos parar, presidente, mas eles não vão poder impedir uma revolução silenciosa, que começou, não através das armas como quer o genocida lá de Brasília, mas através da educação. Nesse momento tem milhões e milhões de brasileiros transformando cada pedacinho de chão desse país com seu diploma na mão. Porque o senhor mostrou para nós e para o mundo que o que interessa é cuidar do nosso povo, cuidar da nossa gente, é colocar o pobre no orçamento, é colocar o filho do trabalhador e da trabalhadora na faculdade”.

    Inclusão

    A jornalista e escritora Samara Del Monte, acompanhada da mãe Claudia Del Monte, entregou ao presidente Lula um exemplar do seu livro “Samara, apaixonada pela vida. A paralisia cerebral não me impediu de ser a protagonista da minha própria história”.

    Claudia contou uma breve história da vida de Samara e afirmou que só foi possível que a filha chegasse a uma universidade e se tornasse uma profissional de sucesso por meio das políticas publicas de educação e inclusão dos governos do PT.

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    “Nesse momento estamos vivendo o desmonte dessas políticas. Do mesmo jeito que estão tentando colocar as mulheres de volta para dentro da casa, os LGBTIs de volta ao armário, estão querendo também colocar as pessoas com deficiência trancadas dentro de casa ou de instituições especializadas. Eles têm o direito de estar onde quiserem estar e é assim que vai continuar, com o seu governo”, denunciou.

    Claudia conta que, aos 16 anos, quando Samara foi tirar o título eleitoral, a família foi questionada, como se aquele ato de cidadania, para Samara, fosse desnecessário. A resposta de Claudia, no entanto, foi certeira. “Para votar no Lula”.

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    Diadema em festa!

    Diadema está em festa hoje para receber o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, juntos do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador Márcio França. É dia de ato Vamos Juntos Por São Paulo.

    Tem piquenique em família, batucada e a toalha mais famosa da República na Praça da Moça, lotada e linda! O ato já começou! Veja algumas imagens do aquecimento para esse sábado de sol histórico!

    O evento também conta com a presença de representantes dos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos pelo Brasil (PT, PCdoB, PV, PSOL, PSB, Solidariedade e Rede).

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