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    Mandetta: “estamos em cima de um barril de pólvora, com gasolina e palha, e o Bolsonaro tá querendo fumar”

    Ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta avalia que o episódio envolvendo a Polícia Militar na Bahia é o tipo de "faísca" que pode ser o "estopim" para o rompimento com a democracia. Ele também vê os gestos da deputada Bia Kicis (PSL-DF) quase como "orquestrados". "Joga sempre para o radicalismo", diz

    Luiz Henrique Mandetta (Foto: © Antonio Cruz/ Agência Brasil)

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    247 - O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta avalia que o episódio do soldado da Polícia Militar (PM) que surtou e foi morto por colegas em Salvador, na Bahia, é o tipo de incidente que coloca em jogo a democracia no Brasil. Para ele, a conexão entre Jair Bolsonaro e as PMs é "extremamente perigosa".

    "A sensação que eu tenho é que estamos em cima de um barril de pólvora, com álcool, gasolina, palha, e o Bolsonaro tá querendo fumar. Tá em cima daquilo ali e se cair uma faísca ali, o estopim pode ser esse tipo de coisa que aconteceu na Bahia. Temos que ter uma noção muito forte que o que está em jogo é a democracia (sic)", disse o ex-ministro.

    "E é interessante que as Polícias Militares é onde ele mais trabalha politicamente, desde o início da sua carreira, ele sempre trabalhou as patentes de polícias, ex-polícias e grupos paramilitares. Então é extremamente perigoso, sim. Não é uma coisa que pode ficar fora do contexto que a gente está vivendo".

    Sobre a deputada federal Bia Kicis, que elogiou o soldado dizendo que ele "morreu porque se recusou a prender trabalhadores" e "disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia", Mandetta disse:

    "Eu sempre a vejo tomando linhas que verbalizam isso [o radicalismo], quase como se fosse uma coisa muito orquestrada, joga sempre pro radicalismo".

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