Marcelo Bauer é condenado a 18 anos de prisão
Depois de 24 anos de espera e um longo dia de julgamento, o culpado pela morte de Thas Muniz Mendona, finalmente, recebe sua pena; a jovem foi assassinada com 19 facadas e um tiro na cabea em julho de 1987; Bauer est foragido
Marcelo Duarte Bauer, foi condenado nesta quinta-feira, dia 12 de abril de 2012, a 18 (dezoito) anos de reclusão em regime inicial fechado pelo assassinato e sequestro de Thais Muniz Mendonça, estudante de Letras da UNB e sua ex-namorada. O crime que comoveu Brasília ocorreu em julho de 1987 e vinte e cinco anos após, o assassino, apesar de foragido, está condenado.
O réu, que fugiu em seguida ao fato, continua foragido e foi julgado e condenado a revelia pela morte de Thais. Marcelo Bauer fugiu do país e foi encontrado 13 anos depois, pela Interpol, na Dinamarca. Na ocasião ele chegou a ser preso, permanecendo detido por oito meses. O Ministério da Justiça pediu sua extradição que foi aceita pelo governo dinamarquês, entretanto a defesa de Bauer recorreu à Corte de Justiça de Aarhus e a extradição foi suspensa e o brasileiro foi liberado.
O governo brasileiro apelou para a Suprema Corte da Dinamarca e a extradição foi autorizada, porém Marcelo não se encontrava mais em solo dinamarquês, neto de alemão, havia solicitado cidadania alemã e se refugiado naquele país. Na Alemanha foi localizado novamente pela Interpol, contudo o pedido de extradição formulado pelo Brasil foi negado pelo governo alemão devido a cidadania concedida a Bauer.
Após sequestrar a jovem, no campus da Universidade de Brasília, Marcelo asfixiou-a com substância tóxica e depois, de maneira cruel, desferiu 19 facadas no peito e no pescoço de Thais, na época com 19 anos de idade. Em seguida disparou um tiro de revólver em sua cabeça. Após o crime, Bauer abandonou o corpo no matagal existente nas proximidades da SQN 415, e fugiu, estando foragido até hoje.
Durante o julgamento, que começou às 9 horas desta quinta-feira, o Promotor sustentou integralmente a condenação nos termos da pronúncia e a defesa defendeu a absolvição por negativa de autoria. O Ministério Público requereu a leitura de peças, foi realizado o depoimento das testemunhas presentes, houve debates entre a acusação e defesa. Em seguida o Juiz do Júri consultou se os jurados estavam aptos a proferir a sua decisão e diante da resposta afirmativa todos foram recolhidos à sala secreta, onde o Magistrado leu novamente os quesitos e explicou o significado de cada um deles. Feita a votação dos mesmos. Ás 20h30 o Juiz Presidente do Júri, Sandoval Gomes de Oliveira, leu em voz alta a sentença que, de conformidade com a decisão dos Jurados, condenou Marcelo Duarte Bauer, hoje Marcelo Nielsen, pela morte da estudante Thaís Muniz Mendonça.
O julgamento de réus foragidos somente se tornou possível devido à alteração promovida pela Lei 11.689/2008, que mudou os ritos do júri e passou a possibilitar o julgamento à revelia dos acusados pronunciados mesmo ausentes à sessão no plenário do júri. O caso ficou alguns anos parado na Justiça, porque a legislação anterior do júri não permitia o julgamento dos acusados, sem que eles estivessem presentes à sessão.
Com informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: