Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro, fez 'jogo duplo' para reaver joias sauditas de R$ 16,5 milhões retidas pela Receita
Militar atuou internamente para que quando as joias saíssem da Receita fossem incorporadas ao acervo privado de Jair Bolsonaro
247 - Os depoimentos de testemunhas à Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura o escândalo das joias sauditas, introduzidas ilegalmente no país e que Jair Bolsonaro tentou se apropriar (PL), revelam que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e considerado braço direito do então mandatário, fez “jogo duplo” para reaver o estojo com os objetos valiosos que haviam sido retidos pela Receita Federal.
O objetivo, segundo o jornalista Valdo Cruz, do G1, era que as joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, fossem incorporadas ao acervo pessoal de Bolsonaro logo após a liberação dos itens pela Receita.
O militar providenciou a documentação necessária para realizar os trâmites burocráticos necessários para liberar as joias retidas pela Receita, o que só pode ser feito em caso de bens com destinação pública, no final do mandato de Jair Bolsonaro.
"Enquanto isso, no entanto, ele atuou internamente para que, uma vez que as joias saíssem da Receita, elas fossem para o acervo privado de Jair Bolsonaro”, destaca a reportagem.
Cid assinou o documento de “incorporação”, que só pode ser realizado a bens com destinação pública, no dia 28 de dezembro, com o objetivo de que os itens apreendidos fossem levados a leilão.
“Não à toa, os vários servidores da Receita que foram acionados ao longo dos últimos dias de dezembro assumiram que o conjunto milionário seria destinado ao acervo público da Presidência da República – por esse motivo, muitos deles expressaram incompreensão e incômodo com a urgência do pedido para realizar o trâmite burocrático de liberação das joias”, ressalta a reportagem.
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