Mensagens obtidas pela PF mostram que assessores de Carlos Bolsonaro pediram informações sigilosas a Ramagem
Solicitações foram feitas diretamente a Alexandre Ramagem, que dirigiu a Abin durante o governo Bolsonaro, por meio de troca de mensagens em aplicativos
247 - A Polícia Federal (PF) encontrou evidências de tentativas da equipe ligada ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) de obter informações sigilosas relacionadas a inquéritos envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e seus familiares.
Segundo a coluna da jornalista Thais Bilenky, do UOL, “as solicitações foram feitas diretamente a Alexandre Ramagem, que foi diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no governo Bolsonaro”. Ainda conforme a reportagem, “as mensagens foram trocadas por WhatsApp. Ramagem respondia diretamente pelo mesmo canal, segundo os investigadores”. >>> PF apreende celular de Carlos Bolsonaro e conteúdo é considerado explosivo
Em troca de mensagens obtida pela jornalista Julia Dualibi, do g1, uma assessora de Carlos chamada Luciana Almeida foi apontada enviando mensagens à assessora de Ramagem, com os seguintes dizeres: "Estou precisando muito de uma ajuda". Em outro dia, Luciana enviou um texto com informações de dois inquéritos da PF sob responsabilidade da delegada Isabela Muniz Ferreira, da Delegacia de Inquéritos Especiais, "envolvendo PR [presidente da República] e três filhos". Confira na imagem abaixo:
Na decisão embasando a operação de hoje, Moraes afirma que "a solicitação de realização de ‘ajuda’ relacionada à Inquérito Policial Federal em andamento em unidades sensíveis da Polícia Federal indica que o NÚCLEO POLÍTICO possivelmente se valia do Del. ALEXANDRE RAMAGEM para obtenção de informações sigilosas e/ou ações ainda não totalmente esclarecidas" , escreveu Moraes.
Nesta segunda-feira, a PF conduziu uma operação de busca e apreensão nos endereços do vereador no âmbito de um inquérito que visa esclarecer um suposto esquema de espionagem ilegal da Abin durante o governo Bolsonaro.
O vereador Carlos Bolsonaro foi o principal alvo da ação. O foco da investigação é a suspeita de que o grupo político ligado ao ex-mandatário se beneficiava de maneira ilegal do aparato de inteligência do Estado para monitorar opositores e criticos da gestão Bolsonaro, além de integrantes do próprio grupo e aliados. >>> PF apura se Carlos Bolsonaro era o destinatário de "materiais" obtidos ilegalmente pela Abin paralela
Na semana passada, Ramagem, que atualmente é deputado federal pelo PL, foi alvo de mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito das investigações que apuram o escândalo da Abin.
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