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Mercadante: Brasil enfrenta negacionismo econômico

No Palácio do Planalto, o presidente do BNDES defendeu que a reindustrialização do país exige medidas ousadas

Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante 14/04/2023 REUTERS/Tingshu Wang/Pool (Foto: REUTERS/Tingshu Wang/Pool)

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REUTERS – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira (20) que o país enfrenta um cenário de negacionismo no debate econômico. A declaração ocorreu durante o anúncio de um investimento de R$ 100 bilhões no país até 2028 por empresas siderúrgicas.

“Não só tivemos, no Brasil, um negacionismo na saúde pública, um negacionismo ambiental, mas tem um negacionismo no debate econômico”, disse Mercadante. “Essa ideia de abertura comercial unilateral é ingênua e é insustentável no mundo que nós estamos vivendo”.

O evento, que ocorreu no Palácio do Planalto, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Na ocasião, Mercadante aproveitou para enfatizar o papel do BNDES nos últimos 20 anos em relação às siderúrgicas. Neste período, o Banco injetou R$ 39 bilhões no setor.

“Nós estamos com a porta aberta, queremos estar na linha de frente dessa parceria, muito mais orgânica na relação, como foi no passado, o BNDES e o setor siderúrgico”, afirmou. 

Mercadante ressaltou ainda a importância de tomar medidas ousadas para reindustrializar o país.

“Estamos iniciando a reversão da desindustrialização que o Brasil foi vítima. Isso não vai se aprofundar se nós não tivermos uma relação mais criativa entre Estado e mercado. Não é voltar ao modelo anterior. Mas um Estado que induz, um Estado que seja parceiro, um Estado que ajude a financiar e ajude a defender o setor produtivo, porque o protecionismo está por toda a parte”, completou.

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