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    Militares avaliam que ida de Lourena Cid a acampamento golpista pode colocá-lo na mira das investigações sobre o 8/1

    Integrantes do Alto Comando avaliam que o general "sabia que estava sendo filmado e que a atitude não era a indicada"

    Mauro Cesar Lourena Cid (Foto: Roberto Oliveira/Alesp/Divulgação)

    247 - Integrantes do  Alto Comando do Exército avaliam que a visita do general Lourena Cid ao acampamento golpista montado em frente ao quartel general da Força, em Brasília, em dezembro de 2022, pode acabar por implicá-lo nas investigações sobre planejamento de um suposto golpe de Estado que teria sido tramado por Jair Bolsonaro (PL) e integrantes do seu governo. Segundo a jornalista Carla Araújo, do UOL, generais ouvidos pela reportagem avaliam “que era evidente que Lourena Cid sabia que estava sendo filmado e que a atitude não era a indicada”.

    A análise foi feita na esteira da revelação de imagens que mostram Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), visitando o acampamento de onde partiram os militantes bolsonaristas e de extrema direita que depredaram as sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023. 

    A visita do general foi feita no dia 3 de dezembro de 2022, quando ele ainda chefiava o escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami, nos Estados Unidos. O militar foi indicado para o cargo por Jair Bolsonaro.

    A suspeita é que ele tenha utilizado os recursos e a estrutura da Apex para apoiar o movimento golpista. Na ocasião, o general Lourena Cid foi acompanhado por Michael Rinelli,  diretor de Investimentos da  agência. 

    Ainda segundo a reportagem, a atual cúpula do Exército admite o desgaste com o envolvimento de militares na trama golpista, apesar de reforçar o discurso adotado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, de que é preciso condenar os culpados e não a instituição, sendo preciso  aguardar as conclusões das investigações para evitar julgamentos precipitados.

    Embora não tenha relação direta com as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, o general é investigado pela Polícia Federal (PF) no âmbito inquérito das joias sauditas que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado brasileiro, mas que Bolsonaro tentou se apropriar.

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