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    Militares e policiais são "incógnitas" para golpe de Bolsonaro

    Braços armados do Estado restam como únicos pilares de incerteza após posicionamentos do PIB e dos EUA contrários à escalada golpista do atual chefe do Executivo

    Jair Bolsonaro, urnas eletrônicas e Forças Armadas (Foto: Alan Santos/PR | ABr)

    247 - Cientistas políticos e historiadores avaliam que, após os posicionamentos dos EUA e de representantes do PIB brasileiro contrários às movimentações golpistas de Jair Bolsonaro (PL), restam apenas os militares e os policiais como 'incógnitas', segundo a Folha de S. Paulo.

    A campanha do atual chefe do Executivo à reeleição sofreu um baque com a adesão à Carta pela Democracia da Faculdade de Direito da USP de nomes como os banqueiros Roberto Setubal, Pedro Moreira Salles e Candido Bracher, do Itaú Unibanco, além da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que representa as instituições financeiras. A Fiesp, além de ter assinado a carta da USP, também elaborou um documento próprio em defesa da democracia brasileira.

    Os EUA, que possuem grande influência geopolítica no continente americano, também posicionaram-se em defesa do sistema eleitoral brasileiro e das urnas eletrônicas. A embaixada do país em Brasília emitiu nota contra os ataques de Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas afirmando que "as eleições no Brasil são para os brasileiros decidirem" e que "os cidadãos e as instituições brasileiras continuam a demonstrar seu profundo compromisso com a democracia".

    À Folha, a professora da FGV e pesquisadora do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Daniela Campello, afirmou que "não se permanece no poder sem o apoio das elites econômicas, que se manifestam agora, e dos EUA."

    "O terceiro silêncio a ser quebrado, muito preocupante ainda, é o dos militares. Se houvesse uma fala dos três comandantes das Forças Armadas declarando confiança nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral seria a pá de cal que precisamos (para enterrar a ideia de um golpe)", complementou a professora.

    Neste contexto, o professor do Instituto de Estudos Estratégicos da UFF (Universidade Federal Fluminense), Adriano de Freixo, questionou: "A grande possibilidade que vejo com preocupação é a ocorrência de escaramuças por parte da base bolsonarista mais radicalizada, de atiradores a elementos das polícias estaduais. Se as polícias estaduais não reprimirem eventuais protestos e inclusive os apoiarem, qual será a postura do Exército?"

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