Ministério da Justiça investiga impactos de apagão cibernético global em setores essenciais

247 - A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça está investigando os danos causados por uma recente falha cibernética que afetou diversos setores no Brasil. De acordo reportagem da Folha, em resposta, a Senacon planeja entrar em contato ainda nesta sexta-feira (19) com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), conforme anunciado em nota oficial.

A crise teve origem em uma atualização problemática do provedor de cibersegurança CrowdStrike, que presta serviços à Microsoft. De acordo com a empresa de tecnologia, o erro na atualização desconectou computadores e servidores da internet, resultando em um loop de recuperação de sistema que impede o funcionamento correto das máquinas. Este incidente afetou principalmente sistemas operacionais Windows, amplamente utilizados em todo o mundo.

Empresas globais, como a Amazon Web Services (AWS), também relataram falhas em seus serviços devido ao problema. No Brasil, as consequências foram severas, atingindo companhias aéreas, bancos e até mesmo o sistema de saúde. Voos no aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, precisaram realizar check-ins manualmente, enquanto o Hospital das Clínicas de São Paulo enfrentou dificuldades operacionais. Distribuidoras de energia relataram interrupções temporárias em seus sistemas comerciais e de atendimento ao consumidor.

O site Downdetector, que monitora reclamações sobre serviços digitais, registrou uma série de problemas em aplicativos e serviços de internet banking de diversos bancos, além de apresentar instabilidade própria durante a manhã.

A CrowdStrike declarou que clientes que utilizam sistemas Mac e Linux não foram afetados e garantiu que o incidente não se deveu a um ataque cibernético. A empresa tem expandido sua base de clientes após a exclusão da russa Kaspersky dos Estados Unidos por suspeitas de espionagem, decisão tomada pelo governo americano