"Ministério não pode receber organização de familiares de presos?", questiona Gleisi após tentativa de associar Dino a facção
Presidente criticou a abordagem que estigmatiza familiares de prisioneiros ao tratar das reuniões de Luciane Barbosa com o Ministério da Justiça
247 - A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), foi ao X rebater as insinuações feitas contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, após a divulgação de que a esposa do chefe da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas, Luciane Barbosa, esteve presente em reuniões com integrantes da pasta.
Assim como a advogada que trouxe Luciane para uma reunião em março, Gleisi criticou a abordagem que estigmatiza familiares de prisioneiros. "Ministério da Justiça não pode receber organização de familiares de presos?", questionou Gleisi.
A dirigente também lembrou das inúmeras associações do governo de Jair Bolsonaro com figuras suspeitas de tráfico de drogas, ressaltando que Dino sequer recebeu Luciane. "Ora, ora! O vice de Bolsonaro chegou a receber no gabinete em agenda extraoficial um suspeito de tráfico. O filho do inelegível chegou a empregar a mãe e a mulher do chefão da milícia do Rio. E ainda homenageou o miliciano que chefiava o Escritório do Crime. E agora o bolsonarismo vem atacar Flavio Dino, que sequer recebeu a tal pessoa?", postou Gleisi.
Reportagem de O Estado de S. Paulo alega que Luciane, a suposta "dama do tráfico amazonense", foi recebida por assessores de Dino para discutir violações aos direitos dos presos, através de uma ONG representada por ela. Ela é casada com Clemilson dos Santos Faria, conhecido como "Tio Patinhas", líder do CV no Amazonas.
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