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    Ministros do STF dizem que operação da PF contra governador de Alagoas foi uma 'clara tentativa de interferência' nas eleições

    Desconfiança de interferência política foi discutida em uma troca de mensagens entre os ministro do STF e em um debate sobre ações policiais às vésperas do segundo turno

    Paulo Dantas (Foto: Reprodução/Facebook)

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    247 -Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a operação da Polícia Federal, deflagrada na terça-feira (11), que resultou no afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), foi uma “clara tentativa de interferência no processo eleitoral”, destaca a coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. 

    No primeiro turno, Dantas, que tem o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 46,64% dos votos válidos, enquanto seu adversário, Rodrigo Cunha (União Brasil), apoiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), teve 26,74%.

    Segundo a reportagem, a desconfiança de interferência política no processo eleitoral foi discutida em “uma troca de mensagens entre magistrados e um debate sobre ações policiais às vésperas do pleito que são feitas de forma espalhafatosa e podem influenciar na escolha do eleitor. O caso pode ser futuramente discutido no Supremo”.

    >>> PF faz operação e governador de Alagoas, que lidera a disputa estadual, é afastado por decisão do STJ 

    Além dos mandados de busca e apreensão, a ministra do Superior Tribunal de Justiça  (STJ) Laurita Vaz Dantas também determinou que Dantas fosse afastado do cargo por um período de 180 dias. A decisão, porém, deverá ser submetida ao escrutínio de outros membros da Corte. 

    Aliado do governador, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que Laurita Vaz é bolsonarista e não possui competência legal para tomar a decisão que resultou na operação. senador Renan Calheiros 

    O parlamentar também acusou o deputado federal bolsonarista Arthur Lira (PP-AL) de promover uma armação contra Dantas e também  também que a PF de Alagoas é hoje "a Gestapo" de Arthur Lira, e que, como a polícia secreta na Alemanha nazista, é uutilizada por ele para perseguir adversários políticos.

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