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    Monark defende 'liberdade de expressão' para nazistas e Kim Kataguiri concorda (vídeo)

    Em debate com a participação de Tabata Amaral, Monark e Kataguiri defenderam: "nazista tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei"

    Monark, Kim Kataguiri e Tabata Amaral (Foto: Reprodução)

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    247 - O youtuber Monark protagonizou na noite desta segunda-feira (7) mais uma cena de completa distorção do conceito de liberdade de expressão. Em debate com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), Monark defendeu que o nazismo seja compreendido como "liberdade de expressão".

    "Nazista tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei", afirmou o youtuber.

    Kataguiri também defendeu que o nazismo não seja criminalizado. Segundo ele, a melhor ideia de repreender o discurso de ódio é liberando-o para que possa - supostamente - ser "rechaçado" pela opinião pública. "Kim, você acha que é errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo?", questionou Tabata, ao que o parlamentar respondeu: "acho".

    A deputada Tabata entrou em atrito com Monark e Kataguiri, destacando que qualquer ideal que coloque populações em risco deve ser contido. 

    Em entrevista à TV 247 em 2019, o professor e  jurista Pedro Serrano explicou que a democracia brasileira não permite que o nazismo seja compreendido como uma corrente de pensamento político porque prevê o cometimento de crime lesa-humanidade para que se chegue ao ideal pregado, a hierarquia racial. "Temos que entender por que o nazismo é excluído do debate democrático e por que é considerado crime. É admissível você ter em um regime democrático este tipo de comportamento em relação ao nazismo, que não se dá pelo fato de ser uma corrente extremista de pensamento, se dá pelo fato dele ser uma forma de pensamento político que tem como pressuposto o cometimento de um crime de lesa-humanidade, ou seja, da extinção de um determinada etnia ou de várias etnias, em uma lógica de hierarquia racial”.

    "O nazismo levaria, por exemplo no Brasil, certamente à extinção da etnia negra, do índio, de formas consideradas inferiores pela existência deste tipo de visão hierárquica no plano racial, isso a democracia brasileira não admite, e ela não é menos democracia por isso. Ela não deixa de ser democracia porque a razão é muito consistente, não se trata de eliminar uma forma de pensamento político por alguém julgar que ela é extrema, aí teria a questão de dizer: quem é que julga o que é extremo e o que não é? Nesse caso não, a razão é muito clara e evidenciada normativamente, um partido que tem por pressuposto o cometimento claro, evidente de um crime lesa-humanidade não pode existir, da mesma forma que um partido que preveja, por exemplo, a defesa da pedofilia. Se a gente for admitir um partido nazista, vamos ter que admitir outros partidos que têm como pressupostos o cometimento de crime. O nazismo não se compara ao comunismo, são coisas diferentes. Um partido comunista, normalmente, é um partido extremo, radical, mas não é um partido que tem como pressuposto o cometimento de um crime lesa-humanidade", concluiu.

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