Moraes autoriza quebra de sigilos fiscal e bancário de Jair Bolsonaro, Michelle e Mauro Cid
O ministro do STF também deu sinal verde para o Ministério da Justiça e Segurança Pública buscar a colaboração do FBI nesse caso
247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu autorização para a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A solicitação para essa medida foi apresentada pela Polícia Federal na semana passada, e fontes dentro da corporação confirmaram os detalhes à Record TV.
Recentemente, as investigações em torno de supostas vendas ilegais de joias, que foram presentes de autoridades estrangeiras, colocaram Bolsonaro e sua esposa sob escrutínio por parte da PF. Além disso, Moraes também deu sinal verde para o Ministério da Justiça e Segurança Pública buscar a colaboração do FBI, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, nesse caso. >>> Mauro Cid salvou comprovante de transferência de dinheiro assinado por Bolsonaro
Embora o ex-presidente e Michelle não tenham sido alvos na operação mais recente referente às joias, o relatório investigativo indica uma possível conexão direta deles com a situação. Evidências como o uso de aeronave pública para transportar itens a serem vendidos nos EUA e as mensagens coordenando a entrega pessoal de US$ 25 mil ao ex-presidente são alguns dos indícios coletados.
Alexandre de Moraes percebe uma "determinação" por parte de Bolsonaro em relação a esse esquema. A defesa do ex-presidente emitiu uma declaração afirmando que ele "nunca se apropriou ou desviou bens públicos". A nota também menciona que Bolsonaro entregou voluntariamente as joias ao Tribunal de Contas da União (TCU) em março deste ano. Entre os itens de luxo devolvidos, estavam abotoaduras, um anel, um relógio, uma caneta e uma masbaha, um objeto religioso. >>> Urgente: Cid confessa e aponta Bolsonaro como mandante no roubo de joias
Uma operação realizada na última sexta-feira (11) teve como alvos o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, além do tenente do Exército Osmar Crivelatti e do ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
Segundo a avaliação de Moraes, que autorizou as buscas e apreensões na sexta-feira, as informações analisadas pela PF indicam a possibilidade de o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República, órgão responsável por analisar e decidir sobre o destino de presentes oferecidos por autoridades estrangeiras ao presidente da República, ter sido utilizado para desviar, por ordem de Jair Bolsonaro, presentes de alto valor para o acervo privado do ex-presidente.
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