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    Moraes mantém prisão preventiva de terrorista que quebrou relógio histórico no 8 de janeiro

    Segundo Moraes, a manutenção da detenção de Antônio Cláudio Alves Ferreira é "imprescindível" para a identificação de outros envolvidos na violência generalizada

    Homem destrói obra de arte no Planalto (Foto: Reprodução)

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    247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a ordem de prisão preventiva do terrorista bolsonarista Antônio Cláudio Alves Ferreira. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto atirando ao chão o relógio de Dom João VI durante a intentona golpista do 8 de janeiro. 

    Segundo Moraes, a manutenção da detenção de Alves Ferreira é "imprescindível" para a identificação de outros envolvidos na violência generalizada, incluindo incitadores e financiadores do que o ministro classifica como "atos terroristas". Em um despacho assinado nesta terça-feira (18), Moraes justificou a necessidade de garantia da ordem pública. Ele ressaltou que Alves Ferreira responde por crimes que podem resultar em penas de até 30 anos de prisão. O investigado é réu por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

    Alves Ferreira foi capturado pela Polícia Federal no dia 23 de janeiro, em Uberlândia, Minas Gerais. As imagens também mostram Alves Ferreira tentando destruir o equipamento que registrou seus movimentos no dia 8 de janeiro. O relógio que ele danificou no Palácio do Planalto é uma relíquia de valor histórico. Trata-se de um presente da Corte francesa para Dom João VI, fabricado na época de Luís XIV, na França. Chegou ao Brasil em 1808, junto com a família real portuguesa. De acordo com o governo federal, existem apenas duas unidades desse tesouro histórico, sendo a outra abrigada no Palácio de Versailles, na França, porém, com apenas metade do tamanho do exemplar destruído no 8 de janeiro. 

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