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    "Moro admitiu, no mínimo, a prevaricação", afirma Kakay

    O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, lembra o episódio em que Moro teria entrado em contato com autoridades para comunicar que as figuras públicas haviam sido hackeadas e que as informações seriam destruídas. "Vejam que a tal interferência que o ex-ministro Moro agora parece abominar, parecia ser uma prática que o próprio ex-ministro já utilizava", afirma

    kakay-moro (Foto: Divulgação)

    247 - O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, um dos mais renomados criminalistas do país, avalia que as declarações de Sérgio Moro, ao anunciar a saída do governo Jair Bolsonaro, são graves e sem precedentes.

    "Ele sai acusando formalmente o Presidente Inimputável de uma série de crimes, comuns e de responsabilidade", enfatizou Kakay, em artigo publicado do site Poder360

    "Que o Moro teria um destino deprimente eu já dizia antes da posse, em entrevista de outubro de 2018, em que afirmei “Moro terá um fim melancólico pelo histórico de farsante, autoritário, arbitrário que sempre pautou a vida deste juiz”. Mas ele, reconheço, teve um átimo de “pretensa dignidade” ao acusar o seu ex-chefe e revelar ao Brasil a forma de atuação subterrânea do presidente. Mas só pretensa e isso é de suma importância, pois na verdade o ex-ministro prevaricou", afirmou o advogado.

    Kakay lista uma série de crimes cometidos, segundo as afirmações de Moro, como obstrução da Justiça, vazamento ao Presidente de informações sigilosas e interferência em inquéritos.

    "Fica a pergunta: o que mais teria o presidente pedido ao ex-ministro Moro e que este, para não confessar seus próprios crimes, deixou de revelar? Ocorre que, talvez por simples despreparo e falta de conhecimento jurídico, Moro admitiu, no mínimo, a prevaricação. Pareceu desistir do seu projeto pessoal de ser nomeado ministro do STF, que possivelmente o levou a prevaricar, e escorregou nas suas aflições e humilhações sofridas", acrescentou.

    Kakay lembra o episódio dos hackers que haviam invadido aparelhos de agentes públicos e autoridades. "Na ocasião, foi amplamente noticiado que o próprio Moro teria entrado informalmente em contato com autoridades, fora de qualquer expediente oficial, para comunicar que as figuras públicas haviam sido hackeadas e que as informações seriam destruídas. Vejam que a tal interferência que o ex-ministro Moro agora parece abominar, parecia ser uma prática que o próprio ex-ministro já utilizava", enfatiza.

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