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    Moro recebeu R$ 200 mil por parecer contra a Vale e favorável a bilionário israelense

    O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro elaborou um parecer contra a Vale encomendado pelo bilionário israelense Benjamin Steinmetz, investigado por corrupção

    Sergio Moro, Benjamin Steinmetz e logo da Vale (Foto: Lula Marques | Reuters)

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    247 - O ex-juiz declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pré-candidato à presidência Sergio Moro (Podemos) recebeu cerca de R$ 200 mil por um parecer que emitiu em resposta a uma consulta do empresário israelense Beny Steinmetz, “pivô de um litígio internacional bilionário com a Vale”, informa a Folha de S.Paulo.

    O parecer de Moro é contrário aos interesses da mineradora brasileira e favorável aos do israelense e, de acordo com reportagem, “veio a público dias após o ex-juiz federal encerrar a quarentena de seis meses que cumpriu devido à sua participação no governo Jair Bolsonaro, como ministro da Justiça”.

    Meses depois do parecer, Moro foi contratado pela consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, que administra o processo de recuperação da Odebrecht e outras empresas falidas pela Lava Jato. O ex-juiz parcial é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa disso e, após ser pressionado, disse que divulgará os valores que recebeu nesta sexta-feira, 28.

    O parecer contra a Vale

    O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro elaborou um parecer contra a Vale encomendado pelo bilionário israelense Benjamin Steinmetz. O magnata, investigado por corrupção, ingressou com uma ação para provar que a mineradora tinha conhecimento dos riscos em um contrato de exploração da mina de Simandou, na Guiné, quando celebrou o acordo com a BSG, uma de suas empresas.

    Steinmetz tenta reverter uma decisão do tribunal arbitral em Londres que o condenou a indenizar em US$ 2 bilhões a mineradora Vale, que pagou ao magnata US$ 2,5 bilhões por uma mina de exploração de ferro em Simandou, na Guiné, na África.

    Um ano depois da negociação, o presidente eleito Alpha Condé iniciou uma investigação nas concessões minerárias no país que teria detectado que Steinmetz pagou propina em 2008 para o ditador Lansana Conté, um militar que subiu ao poder após um golpe de estado e conduziu a nação por 24 anos.

    O caso fez com que a Vale abandonasse o projeto e buscasse reparação por ter sido enganada pelo israelense, que é alvo de investigação por corrupção e lavagem de dinheiro em Israel, Suíça, Estados Unidos e na própria Guiné.

    Em seu parecer, Moro acusa executivos da Vale de terem prestado “informações falsas e ocultado fraudulentamente do mercado e de seus acionistas as reais condições do negócio celebrado com a BSGR [empresa de Steinmetz] acerca dos direitos de exploração sobre Simandou e sobre os motivos da rescisão posterior”.

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