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Morre o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, aos 84 anos

Ele foi foi secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores de 9 de janeiro de 2003 até 20 de outubro de 2009

Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães (Foto: Felipe Gonçalves / Brasil 247)

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247 - Morreu em Brasília nesta segunda-feira (29) o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, aos 84 anos. Ele foi secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores de 9 de janeiro de 2003 até 20 de outubro de 2009, sendo nesta época o número 2 do então chanceler, Celso Amorim.

Samuel Pinheiro Guimarães Neto, segundo dados publicados pelo Itamaraty, nasceu no Rio de Janeiro em 30 de outubro de 1939. Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ) em 1963, ingressou no Itamaraty nesse mesmo ano. É mestre em economia pela Universidade de Boston (1969).

Em 1963/64, assume como Assistente do Chefe da Divisão de Cooperação Econômica e Técnica do Itamaraty. Entre 1964/65, atua como Diretor da Assessoria de Cooperação Internacional da Sudene, cargo do qual foi exonerado por resistir à interferência da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) De regresso ao Itamaraty, atua, entre 1966 e 1967 como Assistente do Chefe da Divisão de Política Comercial. Naquele mesmo ano, é nomeado Chefe do Serviço Técnico de Análise e Planejamento do ministério, permanecendo até 1968. Entre 1968 e 1972 atua como Consul do Brasil em Boston.

De 1971 a 1974 requer licença do ministério, para se juntar à empresa Serete S.A, Engenharia na qualidade de Economista. Em 1974, regressa ao Itamaraty, como Assistente do Chefe da Divisão do Pessoal até o ano seguinte. Exerce depois, entre 1974 e 1975 o cargo de Assistente do Chefe da Divisão do Pessoal Itamaraty. Entre 1979 e 1982, é nomeado Vice-Presidente da Empresa Brasileira de Filmes (Embrafilme), cargo que deixou, durante a crise gerada pelo filme “Pra Frente, Brasil”, uma crítica contundente à tortura de presos políticos no Brasil. De 1982 a 1985 atuou como Conselheiro na Missão do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York. Regressando ao Brasil, atuou, de 1985 a 1988, como Chefe da Divisão Econômica para a América Latina. Em seguida, de 1988 a 1990, chefiou o Departamento Econômico do Itamaraty.  No governo Collor, por discordar da rápida abertura às importações, também preferiu se afastar, servindo cinco anos na França, onde exerceu, de 1990 a 1994, o cargo de Ministro - Conselheiro da Embaixada do Brasil em Paris. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, criticou publicamente a entrada do Brasil na Área de Livre-Comércio das Américas (Alca). Como punição por suas declarações em abril do mesmo ano (2001), foi exonerado do cargo de diretor do Instituto de Pesquisas em Relações Internacionais (IPRI) do Itamaraty, que ocupava desde 1995.

Foi secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores de 9 de janeiro de 2003 até 20 de outubro de 2009. Em 19 de janeiro de 2011, o embaixador foi designado Alto-Representante Geral do Mercosul para um mandato de três anos, tendo como funções a articulação política, formulação de propostas e representação das posições comuns do bloco. Renunciou ao cargo, contudo, em 28 de junho de 2012. Segundo ele, a decisão ocorreu por falta de apoio político dos quatro Estados membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) para a implementação de projetos.

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