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    Na Fox News, dos EUA, Bolsonaro ataca vacinas, defende a cloroquina e minimiza racismo e desmatamento

    Jair Bolsonaro concedeu entrevista ao âncora trumpista Tucker Carlson

    Jair Bolsonaro e Tucker Carlson (Foto: Reprodução/Twitter)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Em entrevista exibida na noite desta quinta-feira (30) na TV dos Estados Unidos Fox News, Jair Bolsonaro (PL) retomou os ataques às vacinas contra a Covid-19, discurso que já parecia superado.

    Ao âncora trumpista Tucker Carlson, o brasileiro, segundo a Folha de S. Paulo, se mostrou orgulhoso de não ter se vacinado e demonstrou profundo desconhecimento sobre a proteção conferida pelos imunizantes. "Se alguém já contraiu o vírus, a vacina realmente não ajuda. A vacina seria inócua. Foi o meu caso. É porque eu não tomei a vacina. Mas comprei vacinas para todos os brasileiros".

    Ainda que as vacinas não impeçam que os inoculados sejam infectados pelo coronavírus, elas reduzem - e muito - as chances de desenvolvimento de um quadro grave de Covid-19. Os números de internações e óbitos em decorrência da doença no Brasil só passaram a diminuir após a vacinação de grande parte da população, apesar do negacionismo do governo federal.

    "Eu não pedi que as pessoas se vacinassem. Eu respeito a liberdade individual. Cada um é livre para se vacinar ou não. E eu acredito que cerca de 20% dos brasileiros decidiram não tomar a vacina", acrescentou.

    Por falar em negacionismo, Bolsonaro também voltou a defender a cloroquina e a ivermectina para o combate à Covid-19. Os dois medicamentos são comprovadamente ineficazes contra o coronavírus.

    Lula

    Bolsonaro aproveitou a ocasião para atacar seu principal adversário na eleição presidencial deste ano: o ex-presidente Lula (PT), que lidera todas as pesquisas eleitorais, inclusive com chances de vencer o pleito no primeiro turno.

    Ele acusou os governos petistas e a esquerda brasileira de pregar a divisão do país para conseguir votos. "Mesmo antes de Lula tomar posse, a esquerda pregava a divisão das pessoas em identidades, como negros e brancos, empregados e patrões e pessoas do Nordeste e do Sudeste, e ganharam apoiadores por isso".

    Racismo

    O chefe do governo brasileiro falou sobre racismo e admitiu a prática no país, mas minimizou: "há racismo sim no Brasil, mas não como é frequentemente descrito. A maioria dos nossos jogadores de futebol é descendente de africanos. Sem problemas".

    Amazônia

    Bolsonaro também minimizou o desmatamento na Amazônia e disse que "não dependemos do interesse internacional em preservar a Amazônia. É de nosso próprio interesse e, é claro, queremos que esses esforços de preservação sejam recompensados de alguma forma, por meios como créditos de carbono".

    Armamento

    Ele voltou a repetir que pretende aumentar ainda mais a distribuição de armas de fogo entre a população civil, tendo como exemplo a política de armamento vigente nos Estados Unidos. Por lá, diversos tiroteios contra pessoas inocentes acontecem a cada semana. O país enfrenta dificuldades para aumentar o controle sobre as armas e garantir a segurança da população. 

    Em um eventual segundo mandato, disse Bolsonaro, "seremos capazes de passar leis sobre armas muito parecidas com as dos Estados Unidos", projetou".

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