'Não é função das Forças Armadas fazer ameaças à CPI ou ao Parlamento', critica Gilmar Mendes
Ministro do STF disse em entrevista que é preciso evitar tensões dispensáveis ou desnecessárias, destacando que as Forças Armadas têm o dever de proteger as instituições
247 - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou as ameaças feitas pelo Ministério da Defesa à CPI da Covid, após crítica do presidente do colegiado, senador Omar Aziz.
Em entrevista ao Jornal da CBN nesta segunda-feira (12), Gilmar Mendes afirmou que 'não é função das Forças Armadas fazer ameaças à CPI ou ao Parlamento'. O ministro disse que não observa riscos à democracia, mas defendeu que é preciso evitar tensões dispensáveis ou desnecessárias, destacando que as Forças Armadas têm o dever de proteger as instituições.
Já pelo Twitter, Gilmar saiu em defesa do ministro Luis Roberto Barroso, que foi acusado por Jair Bolsonaro, sem nenhuma evidência, de defender a pedofilia.
"Disseminar notícias falsas é corrosivo para a democracia e configura crime. Não existe juiz da Corte Constitucional brasileira favorável à pedofilia, à tortura ou a qualquer forma de violência", disse Gilmar Mendes pelo Twitter. "A mentira jamais vai conseguir impedir a defesa da Constituição", acrescentou o ministro.
Em discurso para apoiadores de Porto Alegre que participaram de motociata nesse sábado (10), Bolsonaro afirmou que o lugar de Barroso seria no Congresso, onde poderia defender as suas opiniões.
“Ministro esse que defende a redução da maioridade para estupro de vulnerável, ou seja, a pedofilia é o que ele defende. Ministro que defende a legalidade das drogas. Com essas bandeiras todas, ele não devia estar no Supremo. Devia estar no Parlamento. Lá é o local de cada um defender a sua bandeira“, afirmou Bolsonaro.
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