"Ninguém acusa a PF e o Supremo impunemente", diz investigador após áudios de Cid
Ataques de Mauro Cid e acusações de que a PF e o STF teriam manipulado seus depoimentos renderão ao militar problemas graves, como a perda dos benefícios da delação
247 - A partir desta sexta-feira (22), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, enfrentará um ambiente tenso em sua relação com a Polícia Federal. Ele prestará nas próximas horas esclarecimentos sobre suas declarações controversas envolvendo a PF e o Supremo Tribunal Federal (STF). As acusações de Cid, vazadas pela revista "Veja", ganharam destaque e geraram preocupação até entre aliados de Bolsonaro, segundo Daniela Lima, do g1.
Nos áudios vazados, o tenente-coronel expressa ressentimento, afirmando que Bolsonaro teria enriquecido ele próprio teria perdido tudo. Além disso, Cid sugeriu que seus depoimentos foram manipulados, o que levantou questões sobre a integridade das investigações. Diante dessas acusações, Cid foi convocado para esclarecer os áudios, e sua defesa, representada por Cezar Bittencourt, emitiu uma nota tentando desmentir suas falas, classificando a conversa como clandestina e reafirmando a colaboração do militar com a Justiça.
No entanto, mesmo entre os aliados de Bolsonaro, há cautela em relação à situação de Cid que, segundo um procurador da República, pode ter comprometido severamente seu acordo de colaboração ao agir com reserva mental, o que é inadmissível nesse tipo de acordo.
Considerado por alguns aliados de Bolsonaro como uma figura semelhante a Joaquim Silvério dos Reis, o delator da inconfidência, Cid se vê agora em uma situação delicada, com sua credibilidade abalada e sua própria segurança jurídica em xeque.
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