No 3° pior dia da pandemia no Brasil, Bolsonaro pede que torcedores voltem aos estádios
No mesmo dia em que o Brasil teve o terceiro maior número de mortes por Covid-19 registradas em 24 horas, com 1.439 óbitos, Jair Bolsonaro fez apelo para a volta das torcidas nos estádios de futebol. "Voltar [o público] nos estádios de futebol o mais cedo possível", disse ele em sua live semanal. Na prática, ele lança torcedoras e torcedores à morte
247 - Jair Bolsonaro pediu a volta de torcedores aos estádios de futebol do País. A declaração foi concedida em sua live semanal, nessa quinta-feira (28), no mesmo dia em que o Brasil teve o terceiro maior número de novas mortes por coronavírus registradas em um intervalo de 24 horas. Foram 1.439 óbitos, de acordo com estatísticas divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde.
"Temos que voltar a viver, pessoal. Sorrir, fazer piada, brincar. Voltar [o público] nos estádios de futebol o mais cedo possível, que seja com uma quantidade menor, 20%, 30%, da capacidade do estádio", afirmou Bolsonaro. A medida teria, segundo sanitaristas e epidemiologistas, efeito imediata sobre o agravamento da epidemia e o número de mortes.
"Temos que cuidar dos mais idosos, de quem tem comorbidade. As vacinas estão vindo aí, sempre disse. Passou pela Anvisa a gente compra, não interessa de onde vem. Assim fizemos. O mundo está com falta de vacina", complementou.
O número de pedidos de impeachment contra Bolsonaro aumentou consideravelmente em janeiro em consequência do descaso do governo no sistema de saúde de Manaus (AM), que sofre até com a falta de oxigênio e precisou receber ajuda da Venezuela, além de outros estados brasileiros.
Desde o começo da pandemia no Brasil, no primeiro semestre do ano passado, Bolsonaro violou em diversas ocasiões as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estimulou aglomerações, foi às ruas sem máscara e feriu normas de distanciamento social. Também sabotado a vacina CoronaVac e sugeriu à população o uso da cloroquina no tratamento contra a Covid-19. Sem comprovação científica, o medicamento foi rechaçado até pelo médico francês Didier Raoult, o "pai da cloroquina".
Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de casos de coronavírus (9,0 milhões), atrás de Índia (10,7 milhões) e Estados Unidos (26,3 milhões). O governo brasileiro também contabiliza a segunda maior quantidade de mortes provocadas pela pandemia (221 mil). Nessa estatística, os EUA também ocupam a primeira posição (443 mil).
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