"Nosso apoio vai ser para o presidente Lula", diz Paulo Câmara, governador de Pernambuco pelo PSB. "Não há óbice a isso"
Entusiasta da tese de aliança nacional com o PT, Câmara tenta refazer Frente Popular de Pernambuco: “foi importante para a minha reeleição, será de novo agora”
247 – O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que cumpre o oitavo ano de mandato, não pretende deixar o posto para se candidatar a nada em 2022 e crê que é preciso ter uma ampla unidade da esquerda contra aquilo que define como “mal maior”: uma eventual possibilidade de reeleição de Jair Bolsonaro. Ele defende fortemente a celebração de uma aliança de seu partido, o PSB, com o PT do ex-presidente Lula já no primeiro turno – havendo, ou não, Federação Partidária.
“Nosso apoio vai ser para o presidente Lula. Não há óbice a isso”, disse ele na manhã desta 3ª feira aos jornalistas Luís Costa Pinto e Eumano Silva no programa Sua Excelência, O Fato, transmitido ao vivo pela TV 247. “Nenhuma questão em relação à sucessão nacional vai interferir em nossas discussões locais. Vamos dar todo o apoio a Lula em Pernambuco e, evidentemente, queremos reeditar a Frente Popular com o PT. Ela me ajudou na reeleição em 2018”. A declaração está na altura dos 50min30seg do vídeo com a íntegra do programa (link no fim desse texto).
Segundo o governador pernambucano, uma eventual aliança do PSB com o PT para apoiar Lula transcende até mesmo a filiação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à sigla socialista. “Nunca colocamos a vice-presidência como uma necessidade para a gente se aliar ao Lula”, explicou na entrevista. “Ao presidente Lula sempre foi colocada a condição de ele ver como estaríamos mais fortes para a disputa em 2022. Se Alckmin for vice pelo PSB, sou um entusiasta. Ele foi convidado e será bem-vindo. Essa é uma chapa que entusiasma muitos setores”.
Na altura dos 25min de programa, Câmara adverte que “o Brasil já está retroagindo demais” ao longo desses três anos de governo Jair Bolsonaro. E que, se ele for reeleito, se houver esse risco, “vamos chegar a um processo perigoso de desestabilização de todas as áreas e haverá prejuízos institucionais que não poderemos admitir”.
A seguir, link para a íntegra do programa:
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