Números da população de rua no Brasil são “constrangedores”, diz Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos
Governo federal apresentou nesta segunda-feira o Plano Ruas Visíveis, plano de ação voltado para a efetivação da política nacional para a população de rua
247 - NNesta segunda-feira (8), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH) apresentou um plano de ação e monitoramento voltado para a efetivação da política nacional destinada à população em situação de rua no Brasil. No evento de lançamento, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, classificou como “constrangedores” os números da população em situação de rua no país
“O fato de termos pessoas em situação de rua nessa quadra da história e em números absolutamente constrangedores em nosso país, com o histórico que nós temos, com as agendas que disputamos no cenário geopolítico, só demonstra que nosso projeto de humanidade e democracia ainda se encontra em estágio de disputa muito endurecida e muito desafiadora com quem tem real compromisso com a agenda de direitos humanos”, disse Almeida. >>> Governo federal apresenta plano de ação da política nacional para população em situação de rua
Segundo o ministro, o Brasil tem mais de 221 mil pessoas vivendo em situação de rua. “Isso significa que uma pessoa a cada mil habitantes desse país precisa fazer das ruas seu lugar de sobrevivência. São pessoas, inclusive crianças, que vivem na pobreza extrema, submetidas a intensa vulnerabilidade, expostas a todo tipo de violência”, ressaltou.
Ainda de acordo com os dados utilizados por Almeida, a população em situação de rua quase dobrou entre 2018 e 2023 e está presente em 42% do total de municípios do país. Do total de pessoas em situação de rua, 68% são negras, 88% são homens e 14% possuem algum tipo de deficiência. >>> "Marreta em toda a arquitetura hostil!", diz padre Júlio Lancellotti no lançamento do Plano Nacional Ruas Visíveis
“Hoje, o projeto civilizatório que está delineado na Declaração Universal dos Direitos Humanos está sob ataque. Grupos se organizam politicamente para questionar premissas que acreditávamos que são consenso”, observou o ministro.
“Pelo direito ao futuro da população em situação de rua. O plano demonstra o compromisso do governo federal, do Brasil, sob a sua liderança, presidente, de transformar as promessas que estão na Declaração em realidade. A Declaração Universal sendo horizonte de futuro é sonho, é plano, é projeto. O plano que lançamos é fruto de décadas e de sonho da sociedade civil e dos movimentos sociais. É a retomada, a atualização da política nacional para a população em situação de rua, criada em 2009 de forma participativa”, completou.
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