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    "O TSE criou risco irreversível para as eleições", diz Conrado Hubner

    "Em novembro, pode ser que os generais meditem e se comportem. Ou pode ser que não", escreve o cientista político

    (Foto: Reprodução)

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    247 – O jurista e cientista político Conrado Hübner aponta os riscos que pairam sobre as eleições presidenciais de 2022, em artigo publicado na Folha de S. Paulo. "A projeção mais certeira sobre as eleições de 2022 aposta que Bolsonaro não aceitará eventual derrota. Se derrotado e alguma força lhe restar, resistirá a entregar o poder. Se forçado a entregar, fará todo o estrago adicional ao seu alcance. Se não punido e a leniência conciliatória vencer, continuará a galvanizar ódio", escreve.

    "O TSE premiou a delinquência ao hospedar dois militares em postos-chave: na direção geral se sentou general que, como ministro da defesa, festejou ditadura como 'marco da democracia', e desistiu do cargo por razões ainda mal conhecidas; na comissão de transparência, entrou general indicado pelo ministro Braga Netto, virtual candidato a vice de Bolsonaro", prossegue.

    "Barroso não cogitou que o efeito pode bem ser o inverso. Generais do TSE, alçados a fiadores últimos das eleições, nem precisam inventar fraude. Basta assoprar dúvida sobre a urna eletrônica para que o 'discurso de golpe' torne-se incontestável e não-falseável", argumenta Hübner. "O TSE acreditou em Bolsonaro quando este prometeu só querer uma comissão de transparência temperada com general. Sacou uma solução salomônica e gerou risco irreversível para 2022. Em novembro, pode ser que os generais meditem e se comportem. Ou pode ser que não", finaliza.

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