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    ONU contesta vetos de Bolsonaro em projeto que buscava proteger indígenas em meio à pandemia

    O Brasil precisa adotar "medidas afirmativas concretas" para lidar com estes grupos vulneráveis, afirma a instituição, que se diz "preocupada" diante da ingerência de Jair Bolsonaro. A declaração está expressa em um carta das Nações Unidas para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados

    Jair Bolsonaro e indígena com máscara (Foto: Bruno Kelly/Reuters | Carolina Antunes/PR)

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    247 - A ONU contestou os vetos de Jair Bolsonaro em projeto que busca proteger comunidades indígenas e quilombolas diante da pandemia do novo coronavírus, segundo Jamil Chade no Uol. A entidade internacional afirma que o Brasil precisa adotar "medidas afirmativas concretas" para lidar com estes grupos vulneráveis e se diz "preocupada" diante da ingerência.

    A declaração está expressa em um carta da ONU para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que havia solicitado uma opinião da organização. O documento é assinado por Jan Jarab, representante regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

    Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a lei com medidas de proteção a povos indígenas durante a pandemia do coronavírus. Dentre os trechos vetados está o que prevê a execução de ações para garantir aos povos indígenas e quilombolas "a oferta emergencial de leitos hospitalares e de terapia intensiva" e que a União seja obrigada a comprar "ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea".

    Outro veto foi o que obriga o governo a fornecer aos povos indígenas "acesso a água potável" e "distribuição gratuita de materiais de higiene, limpeza e de desinfecção para as aldeias". Entre outras coisas.

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