ONU precisa liderar política de vacinação que atenda aos países pobres, diz Lula no Grupo de Puebla
Durante sua participação no encontro do Grupo de Puebla, que reúne líderes progressistas de 15 países, o ex-presidente Lula defendeu que a ONU convoque uma Assembleia específica para tratar da pandemia e da vacinação em escala global
247 - O Grupo de Puebla, fórum político ibero-Americano que conta com 49 líderes progressistas de 15 países, está reunido nesta sexta-feira (29) para debater a redação de um manifesto progressista, organizado pelos fundadores do Grupo de Puebla e pelo braço acadêmico do fórum.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff e outros ex-presidentes latinoamericanos participam do encontro virtual.
Em sua primeira manifestação pública após retornar de Cuba, onde esteve em tratamento contra a Covid-19, Lula defendeu as participações de Cuba e Venezuela no Grupo de Puebla e disse que o grupo reivindique maior protagonismo no debate internacionais, especialmente no enfrentamento à pandemia. "Precisamos fazer com que nossas decisões ganhem corpo fora das nossas reuniões", afirmou.
Lula defendeu também que o Grupo de Puebla defenda junto à Organização das Nações Unidas (ONU) uma reunião para tratar especificamente sobre a pandemia e a política global de vacinação.
"A ONU já deveria ter convocado uma reunião específica contra a Covid. Os países estão comprando todas as vacinas produzidas e os países estão esperando o excesso de produção. As que sobrarem", disse o ex-presidente, defendendo que haja um equilíbrio na oferta e distribuição de vacinas contra Covid-19 no planeta.
Além de Lula e Dilma, participam da reunião outros 9 ex-presidentes, como Rafael Correa, Ernesto Samper, Leonel Fernández, Fernando Lugo e José Luis Rodríguez Zapatero, e 50 lideranças da região, como Aloizio Mercadante, ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo; Fernando Haddad, ex-ministro e ex-prefeito; Celso Amorim, ex-chanceler; Carol Proner, jurista; Camilo Lagos, presidente do Partido Progressista do Chile, Camilo Lagos, Elizabeth Gómez Alcorta, ministra da Mulher, Gênero e Diversidade da Argentina, entre outros.
O manifesto discutido pelos líderes progressistas consiste em 28 critérios centrais para o estabelecimento de um modelo solidário, que destaca a recuperação do papel fundamental do Estado, a constituição da saúde como bem público global e o acesso livre à informação. Além disso, uma reforma do sistema das Nações Unidas e o apoio ao multilateralismo e à multipolaridade, entre muitas questões de interesse econômico e social para a região.
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