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    Oposição vai entrar com ação de improbidade contra Paulo Guedes e Campos Neto por offshores, avisa Molon

    Alessandro Molon, líder da oposição da Câmara dos Deputados, diz que Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deverão responder a ação por improbidade administrativa por suas contas em paraíso fiscal

    Molon diz que apoiar Ciro é a maior contribuição que PSB pode dar ao país (Foto: Geraldo Magela/Ag. Senado)
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    247 com Metrópoles -  O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ), decidiu apresentar uma ação de improbidade contra Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no Ministério Público Federal, pelas offshores que Guedes tem e Campos Neto teve em paraíso fiscais. A revelação foi feita pelo Pandora Papers neste domingo (3).

    Molon também quer a convocação de ambos à Câmara para prestar esclarecimentos: “É um escândalo, é gravíssimo. Viola frontalmente o artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal e, portanto, deveria levar à demissão do Ministro. Nós, da Oposição, vamos propor a convocação do Ministro e do presidente do Banco Central para prestar esclarecimentos à Câmara dos Deputados e entrar com representação no Ministério Público Federal or improbidade administrativa contra ambos.”

    O escândalo dos Pandora Papers estourou neste domingo. Mais de dois terços das empresas offshore cujas contas tiveram seu sigilo quebrado pela reportagem foram estabelecidas nas Ilhas Virgens Britânicas (IVB), jurisdição há muito conhecida como peça chave no sistema offshore. Os documentos secretos expõem negociações offshore do rei da Jordânia, dos presidentes da Ucrânia, Quênia e Equador, do primeiro-ministro da República Tcheca e do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. 

    Os arquivos também detalham as atividades financeiras do mais de 130 bilionários da Rússia, Estados Unidos, Turquia  e outros países.

    Entre as autoridades cujos nomes aparecem nos documentos vazados estão o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

    No Brasil, participam da investigação, feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ, com sede em Washington, DC, a revista Piauí, os sites Poder360 e Metrópoles e a Agência Pública.

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