Pai de Mauro Cid tentou vender muamba a três compradores em Miami, indicam mensagens
De acordo com a legislação, presentes devem pertencem ao Estado brasileiro. As esculturas não foram registradas como patrimônio público
247 - O general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ficou encarregado de levar as esculturas de uma palmeira e um barco dourados até um avaliador e comprador em Miami, nos Estados Unidos. Os materiais estavam num avião que levaria Jair Bolsonaro (PL) do Brasil à Flórida (EUA) em 30 de dezembro do ano passado, antes da cerimônia de transmissão do cargo para o sucessor eleito. A mala contendo os dois estojos com os artefatos foi levada de Orlando, onde o avião com Bolsonaro pousou em dezembro, para Miami, a 390 km dali, por Cristiano Piquet, filho do tricampeão mundial de Fórmula 1 e apoiador de Jair Bolsonaro, Nelson Piquet. A informação foi publicada no portal Uol.
De acordo com a legislação, presentes pertencem ao Estado brasileiro e não podem ser incorporados a patrimônio pessoal. As esculturas não foram registradas como patrimônio público. No círculo mais próximo de Bolsonaro, acreditava-se que os artefatos, presenteados pelo Reino do Bahrein, no Golfo Pérsico, ao governo brasileiro em novembro de 2021, fossem de ouro maciço.
No dia 18 de janeiro, Mauro Cid desabafa, por mensagem, com Marcelo Câmara, outro assessor de Bolsonaro: "Aquelas duas peças que eu trouxe do Brasil, aquele navio e aquela árvore, elas não são de ouro. Elas têm partes de ouro, mas não são todas de ouro (...) Então eu não estou conseguindo vender". Mais de um mês depois, em 1º de março, em outra conversa com Marcelo Câmara, Cid explicou por que Jair Bolsonaro não quis ficar com as duas esculturas: "Ele não pegou porque não valia nada".
O comércio bilateral entre Brasil e Bahrein é da ordem de US$ 2 bilhões por ano. Os brasileiros exportam minério de ferro e bens agropecuários. O país do Oriente Médio vende derivados de petróleo, produtos químicos e alumínio.
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