Pastor da Igreja Batista da Lagoinha é preso por suspeita de estuprar adolescentes em São Paulo (vídeo)
Segundo a Polícia Civil, Joilson Santos era responsável por uma célula destinada ao ensino bíblico para os menores, posição utilizada para cometer os abusos
247 - A Polícia Civil de São Paulo efetuou a prisão de um pregador evangélico acusado de aliciar e estuprar menores de idade que frequentavam a Igreja Batista da Lagoinha, cujo líder é o pastor bolsonarista André Valadão. O caso ocorreu na cidade de Guarulhos, região metropolitana da capital paulista.
Joilson da Silva de Freitas Santos ocupava a posição de responsabilidade por uma célula da igreja voltada para o ensino bíblico para crianças e adolescentes. A polícia afirma que ele se aproveitou dessa posição para cometer os abusos. Nas redes sociais da instituição, ele era tratado como "líder".
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As atividades criminosas chamaram a atenção das autoridades em junho de 2022, quando um adolescente de 16 anos deixou a residência do pregador e procurou ajuda na portaria, relatando ter sido vítima de abuso. Ao longo das investigações, a polícia entrou em contato com outras duas vítimas, uma de 16 anos e outra de 13 anos, que também afirmaram ter sido estupradas.
Durante uma entrevista concedida à TV Globo, o delegado Fluvio Mecca, do 5º Distrito Policial de Guarulhos, informou que o religioso levava os menores para sua residência, onde conversavam sobre sexo. "Ele [Joilson] cantava esse grupo de jovens, no sentido de que, se eles não se envolvessem em atividades sexuais com ele, ele revelaria aos pais e às pessoas da igreja que eles se masturbavam, assistiam a vídeos eróticos e tinham interesse em sexo . As crianças, acuadas, cediam”, explicou o delegado.
A esposa do suspeito, em seu depoimento à polícia, revelou ter ouvido, em algumas ocasiões, os atos sexuais ocorrendo, mas nunca denunciou o marido devido à sua falta de suporte financeiro e dependência dele. Ela está sendo investigada por ser conivente com os abusos.
Em nota, a Igreja Batista da Lagoinha Guarulhos lamentou o ocorrido e afirmou que o homem em questão "não era pastor e nunca recebeu ordenação ou consagração para o ministério pastoral". A igreja também explicou que ele não possuía autorização para "aconselhar ou receber pessoas em sua residência".
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