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    PF diz que Bolsonaro mandou dinheiro para fora do Brasil para aguardar o golpe

    Essa parte da investigação está inserida na apuração da venda ilegal de joias, tendo entre os envolvidos o coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

    Polícia Federal e Mauro Cid com Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/PF | REUTERS/Adriano Machado)

    247 - Jair Bolsonaro (PL) enviou dinheiro ao exterior para bancar despesas enquanto aguardava o golpe. A informação foi divulgada pela Polícia Federal (PF). De acordo com as apurações, a quebra de sigilo bancário do ex-mandatário mostrou uma operação de câmbio no valor de R$ 800.000. Essa parte da investigação está inserida na apuração da venda ilegal de joias, tendo entre os envolvidos o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo federal. Por lei, presentes dados por governos de outros países devem pertencer ao Estado brasileiro, não podendo ser incorporados a patrimônio pessoal. O relato foi pulicado na coluna Radar.

    "Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência no exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de golpe de Estado que estava em andamento", diz a PF.

    A PF iniciou na semana passada a operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), para descobrir mais detalhes e punir os envolvidos em um esquema que pretendia aplicar um golpe de Estado. A tentativa de ruptura institucional previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

    Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.

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