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    PF: deputado Filipe Barros foi quem vazou inquérito sigiloso a Bolsonaro

    PF forneceu material sigiloso a Barros, que vazou o conteúdo a Jair Bolsonaro. Parlamentar havia pedido acesso aos documentos para a PEC do voto impresso

    Dep. Filipe Barros (PSL - PR) (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
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    247 - O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), cotado por Jair Bolsonaro para o governo do Paraná e olavista, foi o responsável por vazar o inquérito sigiloso referente ao ataque hacker aos sistemas do TSE, de acordo com relatório da Polícia Federal. 

    Segundo a delegada Denisse Ribeiro, o parlamentar pediu acesso aos documentos com o argumento de que pretendia utilizar o material na formulação do relatório sobre a PEC do voto impresso, informa a revista Veja. A PF forneceu o material sigiloso a Barros, que, por sua vez, vazou o conteúdo a Jair Bolsonaro.

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    “Em síntese, o conjunto probatório colhido durante esta investigação, em especial as oitivas das pessoas em torno do fato, a análise correicional do inquérito policial divulgado e os demais atos de investigação, permite identificar que houve divulgação indevida do inquérito policial, feita a partir da entrega formal da documentação ao deputado federal FILIPE BARROS, com a finalidade expressa de sua utilização nas discussões afetas à PEC n° 135/2019, que é de relatoria de referido parlamentar”, diz a PF.

    “FILIPE BARROS, entretanto, deu destino diverso à documentação, entregando-a, entre outras pessoas, ao Senhor Presidente da República, a fim de municiá-lo na narrativa de que o sistema eleitoral brasileiro, de votação eletrônica, era vulnerável e permitiria fraudar as eleições, embora o escopo do inquérito policial nO 1361 fosse uma suposta invasão a outro sistema do Tribunal Superior Eleitoral, não guardando relação com o sistema de votação alvo dos ataques, inclusive por meio de outras ações (vide INO nO 4781, na PET nO 9842 referente à live presidencial do dia 29 de julho de 2021)”, segue a delegada.

    Moraes negou pedido da AGU para que Bolsonaro deixasse de ser ouvido na investigação sobre a divulgação do material, que se deu em agosto do ano passado. O conteúdo foi exibido pelo chefe de governo em uma live como forma de atacar as urnas eletrônicas.

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