PF tem áudios comprometedores de braço direito de Lira em investigação sobre kit robótica
Gravações obtidas pela PF envolvem o ex-assessor Luciano Cavalcante, considerado braço direito do presidente da Câmara, em um esquema de desvios de recursos do FNDE
247 - A investigação da Polícia Federal (PF) envolvendo Luciano Cavalcante, ex-assessor e braço direito do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), promete ganhar ainda mais intensidade nos próximos dias.
Segundo a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, existem gravações comprometedoras de conversas entre os suspeitos de envolvimento nos desvios de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), destinados a 43 municípios de Alagoas para a aquisição de kits de robótica para escolas públicas.
Segundo a investigação, a fornecedora do equipamento chegou a cobrar de uma prefeitura R$ 14 mil por produto após comprá-lo por R$ 2.700 em São Paulo. O suposto esquema, de acordo com o inquérito, gerou um prejuízo de ao menos R$ 8,1 milhões para os cofres públicos. A operação da PF foi deflagrada no dia 1 de junho.
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De acordo com a reportagem, “no Planalto, a investigação é tratada publicamente com discrição. Mas nos bastidores há alívio. Sem base para controlar o Congresso, o governo estava até agora nas mãos de Lira. A PF tratou de inverter o jogo para o presidente Lula. Ninguém mais acredita que o presidente da Câmara voltará a ameaçar o governo, que agora tem a carta mais alta do jogo nas mãos.”
Nesta semana, a PF enviou a investigação sobre desvios em contratos de kit robótica para o STF (Supremo Tribunal Federal) após encontrar documentos com citações de pagamentos vinculados ao nome "Arthur", em possível referência a Lira. A investigação constatou referência a pelo menos 30 pagamentos a "Arthur", no valor de R$ 650 mil.
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Os documentos foram apreendidos em operação da PF em um endereço de Luciano Cavalcante. O assessor, que foi exonerado após a operação da PF, estava lotado na Liderança do PP na Câmara e é conhecido em Brasília como uma das pessoas de maior confiança de Arthur Lira. Ele foi exonerado após a operação de busca e apreensão no âmbito da investigação em contratos de kit robótica.
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