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    PGR concordou com a prisão de Mauro Cid e buscas contra Bolsonaro há 15 dias. "Cadeia de comando" do bolsonarismo em xeque

    Subprocuradora-geral Lindôra Araújo considerou pertinente a prisão do tenente-coronel e da esposa e as buscas na casa de Jair Bolsonaro

    Lindôra Araújo, Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF | Marcos Corrêa/PR)

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    Luís Costa Pinto, da sucursal de Brasília do 247 – A manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) a favor dos pedidos de prisão do tenente-coronel Mauro Cid e da mulher dele, do policial militar fluminense Max Guilherme, que atua como segurança de Jair Bolsonaro (por escolha pessoal do ex-mandatário), além de autorização para que fossem empreendidas buscas e apreensões na casa de Bolsonaro e da esposa dele, Michelle, foi entregue há duas semanas ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Foi a subprocuradora-geral Lindôra Araújo quem analisou os pedidos para avaliar as ações solicitadas pelo Poder Judiciário. Houve concordância com elas. 

    Na PGR, entre aqueles que tinham conhecimento dos procedimentos, havia estranhamento em relação ao represamento da operação de prisão e busca e apreensão. Há um potencial considerado “explosivo” por integrantes do Ministério Público na exploração das relações entre os casais “Bolsonaro” e “Mauro Cid” – e não só no âmbito das quatro acusações que pesam contra Bolsonaro no escopo da “Operação Venire”, desencadeada na manhã desta quarta-feira (3): infração de medida sanitária preventiva, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção de menores e associação criminosa. “Estão subindo o Everest, mas ainda não chegaram ao pico”, diz enigmático um atuante “operador do Direito” que teve acesso aos pedidos judiciais feitos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. “Estão próximos ao K9, mas ainda montam o acampamento para a grande conquista”.

    >>> PF confirma: cartão de vacina de Bolsonaro foi fraudado

    Jair e Michelle Bolsonaro devem depor ainda nesta quarta-feira à Polícia Federal, em Brasília. Os telefones celulares, já apreendidos, estão tendo os arquivos copiados pelos investigadores. As informações extraídas dos aplicativos de mensagens e de e-mails que eventualmente sejam abertos a partir dos smartphones poderão ser usadas em outras investigações – por exemplo, no curso das apurações de responsabilidades pelo incitamento a ações violentas e golpistas em 8 de janeiro e também nas investigações por contrabando, peculato e descaminho às quais o ex-presidente responde por ter tentado ficar com diversas joias do acervo público do governo brasileiro. O tenente-coronel Mauro Cid também é investigado nesses dois casos. A prisão dele e da mulher podem servir “para fazer o sabiá cantar”, brinca um investigador federal ouvido pelo 247 como se fizesse uma espécie de piquenique na caldeira de vulcão. 

    Tanto a PGR quanto o STF e a Polícia Federal estão preparadas para a reação mais óbvia dos defensores bolsonaristas, a de que falsificar carteiras de vacinas é “crime de menor potencial ofensivo”. A imputação de “associação criminosa” aos investigados se destina a desnudar toda a cadeia de comando dos crimes do bolsonarismo e o objetivo é colocar os comandantes na cadeia o mais breve possível.

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