Pobreza menstrual atinge 20% das jovens brasileiras, que deixam de ir à escola em razão da falta de absorventes
Entre meninas pretas com renda de até dois salários mínimos o número sobe para 24%
247 - No Brasil, meninas e mulheres entre 14 e 24 anos representam, ao menos, 20% de jovens que menstruam e já deixaram de ir à escola por não terem absorvente. A pesquisa divulgada pelo UOL revela ainda que entre meninas pretas com renda de até dois salários mínimos o número sobe para 24%.
No Brasil, em 2021, Jair Bolsonaro vetou um projeto de lei que previa a previa a distribuição gratuita de absorventes íntimos em escolas públicas, para moradores de rua, presidiárias e outras pessoas em situação de vulnerabilidade. À época, Bolsonaro chegou a dizer que se o Congresso derrubasse veto do absorvente, ia tirar dinheiro da saúde e educação. No entanto, com a repercussão da decisão, o governo recuou da decisão.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra, por exemplo, que mais de 700 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em suas casas. Além disso, mais de quatro milhões não têm acesso a itens básicos de cuidados menstruais, o que tem contribuído significativamente para a intensificação da pobreza menstrual no mundo.
O levantamento ouviu 2.930 pessoas que menstruam e 805 que não menstruam. A margem de erro é de 2% e o índice de confiabilidade da pesquisa é de 99%.
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