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    Polícia Civil e Ministério Público desarticulam esquema que causou prejuízo de R$ 40 milhões ao Banco do Brasil

    Grupo utilizava dispositivos clandestinos para acessar sistemas internos e furtar dados sigilosos de clientes

    Banco do Brasil (Foto: Reuters)

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    247 - A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado (MPRJ) realizaram, nesta quinta-feira (21), uma operação contra um sofisticado esquema de fraudes no Banco do Brasil, que causou prejuízo estimado em R$ 40 milhões. A ação, divulgada pelo G1, mobilizou agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra 11 suspeitos, incluindo funcionários e terceirizados da instituição financeira.

    De acordo com as investigações, o grupo criminoso utilizava dispositivos eletrônicos clandestinos para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Os ataques começaram a ser identificados em dezembro de 2023, em agências localizadas em bairros e cidades como Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.

    Estrutura hierárquica e divisão de tarefas

    O esquema era altamente organizado, com funções bem definidas entre os integrantes:

    • Aliciadores recrutavam colaboradores e terceirizados do banco, oferecendo pagamento em troca de senhas funcionais.
    • Aliciados cederam suas credenciais para viabilizar os acessos ilegais.
    • Instaladores eram responsáveis por conectar os dispositivos clandestinos aos sistemas do banco.
    • Operadores financeiros movimentavam os valores desviados para dificultar a rastreabilidade.
    • Chefes coordenavam todas as etapas, desde o recrutamento até a execução das fraudes.

    A complexidade e o alcance da quadrilha indicam um planejamento detalhado, com a aquisição de equipamentos de alta tecnologia para viabilizar as fraudes.

    Histórico de ataques recentes

    O Banco do Brasil já havia sido alvo de outras operações contra fraudes sofisticadas. Em outubro, a Delegacia de Roubos e Furtos desarticulou uma quadrilha semelhante que contava com a colaboração de um gerente no Mato Grosso, além de funcionários de TI e terceirizados. Naquela ocasião, o grupo utilizava métodos parecidos para acessar os sistemas do banco.

    Em julho, outra ação da DRF resultou na prisão de três integrantes de uma quadrilha que “hackeava” agências bancárias, instalando dispositivos no cabeamento de dados para realizar transferências indevidas e furtar valores de contas aleatórias.

    Avanço nas investigações

    A operação desta quinta-feira reforça os esforços conjuntos das autoridades para combater crimes cibernéticos e financeiros de grande escala. Apesar dos prejuízos, as ações de repressão têm gerado resultados importantes na identificação de métodos e na prisão dos envolvidos.

    As investigações continuam em andamento para determinar a extensão total dos danos e identificar possíveis ramificações do esquema em outras regiões.

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