Polícia Federal vai chamar ex-ministro da Defesa de Bolsonaro para depor
O general da reserva Paulo Sergio Nogueira será ouvido sobre as cinco visitas que o hacker Walter Delgatti Neto afirma ter feito ao Ministério da Defesa para tratar das urnas
247 - O ex-ministro da Defesa e general da reserva Paulo Sergio Nogueira será convocado pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre as cinco visitas que o hacker Walter Delgatti Neto afirma ter feito em 2022 ao Ministério da Defesa para discutir questões relacionadas às urnas eletrônicas. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, a data da oitiva ainda não foi marcada. O Ministério da Defesa não possui registros das entradas do hacker no prédio, mas o advogado de Delgatti afirma que seu cliente entrou no edifício pela porta dos fundos. >>> Em áudios, Delgatti detalha trama golpista de Bolsonaro enquanto ela ainda estava em curso; ouça
Delgatti também alega que um desses encontros ocorreu diretamente com Nogueira, que na época estava liderando o ministério. Em conversas privadas, o general nega a agenda com o hacker, mas já admitiu ter conhecimento de um encontro de Delgatti com a equipe técnica da pasta.
Após o depoimento de Delgatti à CPMI do 8 de janeiro, Jair Bolsonaro (PL) confirmou ter se encontrado com o hacker para discutir questões relacionadas às urnas. Foi Bolsonaro quem o encaminhou para uma conversa no Ministério da Defesa. Essa reunião com Bolsonaro foi intermediada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). >>> Punição a militares golpistas foi tema da reunião de Lula e Múcio com comandantes das Forças Armadas
Outra área de investigação será o relatório final sobre as urnas eletrônicas produzido pelas Forças Armadas, no qual os militares afirmam não ter encontrado nenhuma irregularidade. Delgatti alega ter influenciado diretamente a redação desse relatório.
O período em que Paulo Sérgio Nogueira ocupou o cargo de ministro da Defesa foi caracterizado por tensões e confrontos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação às urnas eletrônicas. Isso envolveu o constante envio de correspondências e demandas por parte do general ao TSE. Em alguns casos, até membros das Forças Armadas consideraram que Nogueira estava sendo excessivamente agressivo e subserviente a Bolsonaro.
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