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Polícia Federal vai chamar ex-ministro da Defesa de Bolsonaro para depor

O general da reserva Paulo Sergio Nogueira será ouvido sobre as cinco visitas que o hacker Walter Delgatti Neto afirma ter feito ao Ministério da Defesa para tratar das urnas

Ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, durante encontro com ministros da Defesa das Américas em Brasília 26/07/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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247 - O ex-ministro da Defesa e general da reserva Paulo Sergio Nogueira será convocado pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre as cinco visitas que o hacker Walter Delgatti Neto afirma ter feito em 2022 ao Ministério da Defesa para discutir questões relacionadas às urnas eletrônicas. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, a data da oitiva ainda não foi marcada. O Ministério da Defesa não possui registros das entradas do hacker no prédio, mas o advogado de Delgatti afirma que seu cliente entrou no edifício pela porta dos fundos. >>> Em áudios, Delgatti detalha trama golpista de Bolsonaro enquanto ela ainda estava em curso; ouça

Delgatti também alega que um desses encontros ocorreu diretamente com Nogueira, que na época estava liderando o ministério. Em conversas privadas, o general nega a agenda com o hacker, mas já admitiu ter conhecimento de um encontro de Delgatti com a equipe técnica da pasta.

Após o depoimento de Delgatti à CPMI do 8 de janeiro, Jair Bolsonaro (PL) confirmou ter se encontrado com o hacker para discutir questões relacionadas às urnas. Foi Bolsonaro quem o encaminhou para uma conversa no Ministério da Defesa. Essa reunião com Bolsonaro foi intermediada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). >>> Punição a militares golpistas foi tema da reunião de Lula e Múcio com comandantes das Forças Armadas

Outra área de investigação será o relatório final sobre as urnas eletrônicas produzido pelas Forças Armadas, no qual os militares afirmam não ter encontrado nenhuma irregularidade. Delgatti alega ter influenciado diretamente a redação desse relatório.

O período em que Paulo Sérgio Nogueira ocupou o cargo de ministro da Defesa foi caracterizado por tensões e confrontos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação às urnas eletrônicas. Isso envolveu o constante envio de correspondências e demandas por parte do general ao TSE. Em alguns casos, até membros das Forças Armadas consideraram que Nogueira estava sendo excessivamente agressivo e subserviente a Bolsonaro.

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