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    Prerrogativas conclama sociedade a não esquecer o golpe de 1964

    Grupo destaca que relembrar os acontecimentos de 1964 é essencial, principalmente após vir à tona as ações golpistas envolvendo Jair Bolsonaro e setores das Forças Armadas

    Golpe de 64 (Foto: Divulgação)

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    247 - O Prerrogativas divulgou nota neste sábado (16) conclamando a sociedade a não esquecer o golpe ocorrido em 31 de março de 1964. Para o grupo jurídico, o chamado à memória é essencial, principalmente após os graves acontecimentos envolvendo Jair Bolsonaro e a sua tentativa de articular um golpe de Estado com o apoio das Forças Armadas.

    Leia a íntegra da nota:

    Golpe de 64: jamais esquecer a barbárie!

    Não, não é verdade que os mortos governarão os vivos. Não, não é verdade que o passado encobrirá o presente e o futuro. Não, não concordamos com o lema positivista de Augusto Comte de que "Os vivos são sempre, e cada vez mais, governados pelos mortos”. 

    Por isso, o Grupo Prerrogativas manifesta seu repúdio veemente ao Clube Militar por ter a ousadia e o cinismo de comemorar o golpe militar de 1964, que decretou a ditadura civil-militar que governou o Brasil por mais de duas décadas e o mergulhou no obscurantismo .

    Não, nem os mortos e nem seus espectros governarão os vivos. A história é a melhor  professora !

    No triste e vergonhoso aniversário de 60 anos do golpe, o momento é de requestionar o passado como condição para entender o presente e vislumbrar um futuro. O passado não governa o presente. E muito menos o futuro. Comemorar o terror é retirar do presente o direito de julgar o passado.

    Se, para o Clube Militar, os mortos ainda governam os vivos, a democracia diz: são os vivos que constróem  o presente.

    Esquecer, jamais. Não se coloca no esquecimento milhares de mortos, desaparecidos, a cassação de mandatos, o AI-5 e a tortura. 

    Se há algo a comemorar, é a resistência à tirania. A passagem do ano 60 deve servir como o mais retumbante “nunca mais”. 

    Nada mais do que isso.

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