Presidente CUT fala da unidade do movimento sindical para eleger Lula
Sérgio Nobre falou a lideranças sindicais de 31 países que Lula é a esperança de recuperar direitos da classe trabalhadora e recolocar o país no caminho da civilidade
CUT - O movimento sindical brasileiro está unido no objetivo de eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro deste ano, porque ele é a “nossa esperança de recuperar os direitos da classe trabalhadora e de recolocar o país no caminho do crescimento, da civilidade e do respeito e garantia de centralidade aos trabalhadores e trabalhadoras”.
A afirmação do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, foi feita na manhã desta quarta-feira (20), na cidade do Panamá, durante sua fala para mais de 100 lideranças sindicais de 31 países das Américas, Europa, África e Ásia que participam do Seminário Internacional da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), realizado no Panamá desde terça-feira.
No seu discurso, Sérgio Nobre destacou a importância da solidariedade internacional para o Brasil, especialmente neste ano de eleições. “É essencial que a comunidade internacional acompanhe o nosso processo eleitoral e também atue para nos ajudar a garantir a posse do presidente eleito, que será Lula”, disse o dirigente da CUT, ao descrever o iminente cenário da campanha eleitoral deste ano.
“Vamos enfrentar um povo de extrema direita que é violento, que não é civilizado, um processo eleitoral muito difícil, por isso, a solidariedade internacional, que foi fundamental para liberdade de Lula, também será fundamental para garantir a lisura do processo eleitoral no Brasil”, disse Sérgio Nobre, ao complementar que “Bolsonaro não esconde sua intenção de descredibilizar o processo das eleições nem que poderá tentar impedir a posse de Lula, como Trump fez nos Estados Unidos, e Trump é grande ídolo de Bolsonaro”.
Aos sindicalistas do mundo, Sérgio lembrou que Lula recuperou seus direitos políticos e que está evidente ao mundo que ele foi vítima de um golpe e repetiu o que tem afirmado em todas as suas falas recentes no Brasil: “Que esta será a eleição das nossas vidas, que irá definir como será o país nos próximos 10, 20 anos.
“Temos consciência que a vitória de Lula será uma vitória também de todos os lutadores do planeta, porque Lula, pela sua liderança pela e pela pujança política do Brasil, poderá, junto a governos progressistas da Região construir um novo polo no mundo em que a classe trabalhadora tenha centralidade”, disse Sérgio Nobre. “Mas, para isso, é preciso vencer as eleições, não será fácil, mas temos certeza de que no dia 1º de janeiro de 2023 Lula voltará a governar o Brasil
CSA seminário
O Seminário da CSA termina nesta quarta-feira (20) neste momento em que o movimento sindical mundial é desafiado a construir uma nova etapa no internacionalismo sindical. Este novo internacionalismo sindical, segundo a direção da Confederação, é a afirmação de um sindicalismo sócio-político.
Para a ministra do Trabalho do Panamá, Doris Zapata Acevedo, que participou da abertura, "a pandemia de Covid-19 marcou um antes e um depois no mundo do trabalho". Já a diretora do Sindicato Regional FES, Dörte Wollard, falou sobre a importância do sindicalismo regional: “consegui medir o imenso valor de um sindicalismo que resiste, constrói, analisa e propõe. Esta região está construindo uma contribuição inestimável. A CSA avança na construção de um sindicalismo sociopolítico nas Américas”.
A abertura teve participação majoritária de mulheres. Maria Elena André, diretora daOrganização Internacional do Trabalho (OIT), participou virtualmente: “A dinâmica econômica está na direção de um aumento da desigualdade e da flexibilização trabalhista, o que resultará em precarização do emprego”.
Sharan Burrow, secretaria-general da Confederação Sindical Internacional (CSI), falou sobre o momento crítico do movimento sindical no mundo, em que 60%da classe trabalhadora está na informalidade, sem salário mínimo e proteção social. “Sem democracia e instituições fundamentais, os trabalhadores estão em risco. Para um novo modelo, os sindicatos são a linha de frente da democracia e dos direitos. Mas eles devem ser capacitados para que suas ações tenham impacto nos governos em todos os lugares."
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