Prisão de Braga Netto e provas da PF enfraquecem movimento pela anistia, diz Alexandre Padilha
Ministro das Relações Institucionais destaca robustez das evidências de planejamento golpista e defende punição rigorosa aos responsáveis
247 - A proposta de anistia aos envolvidos na tentativa de golpe está perdendo força diante da prisão do general Braga Netto e das provas contundentes apresentadas pela Polícia Federal. A afirmação é do ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, em entrevista ao UOL News neste sábado (14).
"Eu acredito que cada vez mais esse discurso [de anistia] vai perdendo força, porque as evidências trazidas pela apuração da Polícia Federal são cada vez mais fortes, mais robustas, e mostram que não foi apenas um movimento político — que já seria muito grave — de ocupar a Suprema Corte, o Congresso Nacional e tentar impedir o funcionamento do governo. Foi além disso", afirmou Padilha.
Segundo o ministro, as investigações revelam uma série de atos previamente planejados, incluindo o assassinato do presidente e do vice-presidente eleitos, além de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). "Nenhuma ditadura no Brasil chegou a cometer atos dessa natureza", destacou. Ele também mencionou o plano de soltar um carro-bomba no aeroporto de Brasília, entre outros crimes graves.
Padilha reforçou que a resposta institucional ao golpe de 8 de janeiro, marcada pela investigação e punição dos envolvidos, continua sendo essencial. "Cada vez mais vai se ampliando aquele movimento, que foi muito importante no dia 8 de janeiro, para dar uma resposta institucional à tentativa de golpe, mas sempre no sentido de ter apuração e punição dos responsáveis, caso as evidências e provas sejam firmes, fortes e consistentes", declarou.
O ministro também comentou sobre a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão", onde juristas entregaram um manifesto reafirmando a necessidade de responsabilização.
"Todo mundo reconhece que a anistia pode ser um ato de reconciliação, mas ela não pode ser usada como discurso ou prática para criar obstáculos à apuração, investigação e devida punição dos golpistas", diz o manifesto citado por Padilha.
Para o ministro, a narrativa de anistia, que já vinha perdendo força, fica ainda mais enfraquecida diante das revelações e da robustez das provas apresentadas pela Polícia Federal. "A justiça e a punição aos responsáveis são essenciais para preservar a democracia e evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer", concluiu.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: