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    Punição a militares golpistas foi tema da reunião de Lula e Múcio com comandantes das Forças Armadas

    Presidente falou sobre a CPMI do 8 de janeiro e citou o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto em reunião no sábado

    Cerimônia do Dia do Exército no QG da Força (Foto: Ricardo Stuckert)

    247 - Na reunião extraordinária do presidente Lula (PT) com o ministro da Defesa, José Múcio, e os três comandantes das Forças Armadas no sábado (19), no Palácio da Alvorada, discutiu-se a punição a militares que contribuíram para a estratégia do governo Jair Bolsonaro (PL) de descredibilizar as urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro em 2022, segundo relata o jornal O Globo. >>> Lula se reúne com comandantes militares enquanto avançam investigações da PF envolvendo membros das Forças Armadas

    A pauta central do encontro foi o orçamento da Defesa para 2024, mas Lula também falou sobre a CPMI do 8 de janeiro e citou o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto, segundo quem o Ministério da Defesa, na gestão Bolsonaro, contribuiu diretamente para o plano golpista de desacreditar o sistema eleitoral. "Foi acertado na reunião que o Exército não comentaria a fala do hacker para não tumultuar o ambiente, que ainda está em processo de pacificação depois dos ataques de 8 de janeiro", diz a reportagem.

    O ministro da Defesa já pediu à Polícia Federal (PF) acesso aos nomes de militares que se encontraram com Delgatti para traçar a estratégia de atacar as urnas eletrônicas. Não se sabe, porém, quais atitudes tomarão as Forças Armadas em relação aos golpistas em seus quadros. "Solicitamos informações à PF. Estamos aguardando o retorno. Diante dos dados que eles enviarem, tomaremos todas as providências que forem necessárias", afirmou Múcio.

    Aliados do ministro avaliam que diante do depoimento de Delgatti, que detalhou a participação dos militares na trama golpista, se tornou "inevitável" o avanço das investigações sobre membros da caserna, inclusive sobre o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, que era próximo de Bolsonaro.

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