Que elementos mais o Judiciário precisa para condenar André Aranha?, questiona jurista sobre caso Mariana Ferrer
A professora de Direito da UFPE Liana Cirne Lins lembrou em entrevista à TV 247 que o réu André de Camargo Aranha, inocentado da acusação de estupro contra Mariana Ferrer, “mentiu nos autos” e que há vídeos e áudios para comprovar sua culpa no caso
247 - O Judiciário tem elementos suficientes para condenar o empresário André de Camargo Aranha, inocentado da acusação de estupro contra Mariana Ferrer, num caso que ocorreu em 2018 em Florianópolis, Santa Catarina. Essa é a defesa da jurista Liana Cirne Lins, professora de Direito da Universidade Federal de Pernambuco.
“Que elementos mais o Judiciário precisa para condenar?”, questionou, em participação no Giro das 11, programa da TV 247, na manhã desta quarta-feira (4). Ela lembra que o réu “mentiu nos autos” quando inicialmente negou à polícia que era o estuprador de Mariana. Depois da comprovação de que o esperma no corpo da jovem era seu, André mudou a versão e passou a dizer em depoimento que houve “consentimento”.
A jurista lembra ainda que há vídeos e áudios comprovando que Mariana Ferrer estava desorientada na noite do crime. Mas que mesmo assim o juiz que assinou o exame toxicológico alegou que não havia elementos suficientes para comprovar que ela não estava em condições de tomar decisões.
Mariana alegou ter sido drogada na noite do ocorrido. A jurista observa que a substância chamada de “boa noite cinderela” é conhecida como a “droga do estupro”, por deixar a pessoa desorientada, mas a desorientação não ser perceptível para terceiros, como seria com abuso de álcool, por exemplo. “O Judiciário é se não o maior, um dos maiores elementos a endossar a cultura do estupro. O que é suficiência probatória?”, indaga ainda Liana Cirne Lins.
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