Queiroga faz apelo a países que detêm doses excedentes para que as compartilhem com o Brasil
O ministro da Saúde também exaltou o SUS, fez um aceno à China e comentou sobre o que admitiu serem pressões políticas na Anvisa no que diz respeito à aprovação da Sputnik V
247 - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em videoconferência com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um apelo aos países que detêm doses excedentes da vacina contra a Covid-19 para que as compartilhem com o Brasil "o quanto antes possível".
"Reiteramos nosso apelo àqueles que possuem doses extras de vacinas para que possam compartilhá-las com o Brasil o quanto antes possível, de modo a nos permitir lograr avançar em nossa ampla campanha de vacinação de modo a conter a fase crítica da pandemia e evitar a proliferação de novas linhagens e variantes do vírus", disse Queiroga.
O ministro ainda afirmou que, desde que assumiu a pasta, atua no sentido de acelerar a vacinação e orientar a população "de maneira clara e objetiva sobre medidas não farmacológicas cientificamente comprovadas", como o uso de máscara, a higienização das mãos e o respeito ao distanciamento social.
SUS
Queiroga exaltou o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate à pandemia. "Desse modo, busquei conciliar as medidas sanitárias com a necessidade de buscar emprego e renda da população brasileira. Para essas ações, tive como pilar o SUS, um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo. O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que garante acesso integral, universal e gratuito à saúde", disse.
China
O ministro fez um aceno à China, parceiro comercial e pelas vacinas atacado pelo governo federal. "Tenho muito orgulho em referir-me à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ao Instituto Butantan. Graças a parcerias exitosas com a empresa sueco-britânica AstraZeneca e a chinesa Sinovac, elas produzem em território nacional a totalidade das vacinas usadas hoje na imunização dos brasileiros contra a Covid-19".
Anvisa
Queiroga ainda comentou sobre o processo de aprovação da vacina russa contra a Covid-19, a Sputnik V. Ele não negou a existência de pressões políticas sobre a agência, mas as considera normais "dentro de um país democrático e de uma ambiência de uma pandemia".
"Por determinação do presidente, só devemos aplicar imunizantes que estejam aprovados pela Anvisa e ele faz isso em estrita observância à legislação. Então, neste sentido, não há o que falar em atraso de vacinação no Brasil", disse o ministro.
"O governo fez uma conferência com o presidente russo, Vladimir Putin, o Brasil integra um bloco com a Rússia e a China, são nações amigas, e assim que a Anvisa aprovar o imunizante [Sputnik V], ele será incluído em nosso programa sem nenhum problema", completou.
Com informações da CNN Brasil.
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