“Quem disser que Bolsonaro é contra a maconha está redondamente enganado”, diz André Barros
O advogado apontou as ligações entre o governo federal e empresas que buscam presença no emergente mercado da maconha legal brasileiro. Ele denunciou o financiamento de empresas ligadas ao governo e alertou: “o que Bolsonaro quer é o monopólio”. Assista
247 - O advogado André Barros, organizador da Marcha da Maconha, em entrevista à TV 247, desmentiu a ideia de que Jair Bolsonaro é contra a legalização da maconha. Ele denunciou que o próprio governo patenteou o óleo da planta produzido pela empresa Prati Donaduzzi.
“O governo Bolsonaro, através do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), vinculado ao Ministério da Economia, patenteou o óleo de maconha, que é um óleo de milho feito com a planta. Esse óleo que eles patentearam é para doença infantil epiléptica para fins refratários. Olha como que é a jogada. Agora, a Anvisa autorizou, eles querem ceder gratuitamente esse óleo de maconha ao SUS para os pacientes, e isso é bom. O óleo de maconha gratuito para as pessoas pobres poderem fazer uso desse medicamento, isso é bom. Só que quem vai vender pro SUS? A Prati Donaduzzi, que tem a patente do INPI. Então, como ela é a única que tem a patente, a Anvisa só autorizou ela. Só ela vai vender o óleo para o SUS a R$ 2.500, R$ 3.000, sem licitação”, disse.
André denunciou que o governo Bolsonaro, na realidade, busca o monopólio sobre o óleo de maconha no Brasil. “O BNDES patrocinou o estudo, destinou 600 milhões para essa empresa. Eu não tenho certeza se é tudo para esse estudo, é até possível, mas o BNDES patrocinou essa empresa do Paraná, onde o ministro do governo Bolsonaro Osmar Terra é o garoto-propaganda dessa empresa. Então, quem disser no país que o Bolsonaro é contra a maconha está redondamente enganado. O que o Bolsonaro e o governo deles querem fazer é só eles venderem óleo de maconha no Brasil”, completou.
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