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    Quem é Aécio Costa Pereira, condenado por Moraes a 17 anos de prisão pelos atos golpistas de 8 de janeiro

    Demitido por justa causa da Sabesp, o apoiador de Jair Bolsonaro divulgou nas redes sociais vídeo participando da invasão do Congresso Nacional

    Condenado por atos golpista, Aécio Lucio Costa Pereira (Foto: Reprodução)

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    247 - Primeiro réu dos atos golpistas de 8 de Janeiro a receber condenação, Aécio Lúcio Costa Pereira tem 51 anos, mora em Diadema (SP) e foi até Brasília a convite de seus amigos frequentadores do Quartel do Sudeste II, em São Paulo. Aécio fazia parte de um grupo chamado de “grupo Patriotas”. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o réu atuou na destruição das instalações do Congresso Nacional. Pelo voto do ministro Alexandre de Moraes, Aécio foi condenado a 17 anos de prisão, sendo 15 anos e 6 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção (regime aberto). Moraes votou pela condenação pelos crimes de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa.

    Aécio foi funcionário da Sabesp desde 2014. Em 11 de janeiro, foi demitido por justa causa, após a divulgação do vídeo em que aparece invadindo o Congresso e participando dos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele era técnico em sistemas de saneamento na companhia. No vídeo, ele aparece usando uma camiseta com uma estampa pedindo "intervenção militar federal" e diz: "Amigos da Sabesp: quem não acreditou, estamos aqui. Olha onde eu estou: na mesa do presidente. Vai dar certo, não desistam. Saiam às ruas". Assista:


    Como síndico de um prédio em Diadema, na Grande São Paulo, Aécio coleciona confusões por WhatsApp, xingamento e boletins de ocorrência de moradores contra ele, segundo reportagem do G1. Pelo menos desde 2017, há registros de desentendimentos no condomínio envolvendo o ex-síndico e alguns residentes, que, em alguns casos, chegaram até a delegacia. O ex-síndico foi reeleito por três mandatos consecutivos e só foi substituído após sua prisão em janeiro.

    Em junho de 2017, uma mulher de 57 anos, ex-membro do conselho do condomínio, alegou ter sido vítima de injúria por parte de Aécio, o ex-síndico. Ela afirmou à polícia que o havia ajudado a se mudar para o edifício e a ocupar a posição de síndico. Segundo seu relato, durante um incidente, ele segurou seu braço e tentou dar tapas em sua boca, mas ela conseguiu se desvencilhar. A ex-conselheira também relatou que, sempre que se encontravam no condomínio, Aécio a insultava, chamando-a de "bruxa", "louca" e "bruxa velha". Ela declarou que esses encontros a deixavam muito assustada devido à proximidade crescente com o ex-síndico, temendo suas intenções.

    A mesma vítima registrou um furto de celular no ano seguinte. Segundo seu relato, durante outra discussão, Aécio teria tomado seu celular e se recusado a devolvê-lo até a data do registro. Em fevereiro de 2018, mais um boletim de ocorrência foi registrado, relacionado a casos de injúria, calúnia, difamação e perturbação da tranquilidade, ocorrido em novembro de 2017. Uma professora, com 49 anos na época, que também era moradora do prédio, procurou a polícia para denunciar que o síndico a insultava por e-mail, chamando-a de "diretorinha de escola mentirosa" e proferindo outros xingamentos.

    Em 2018, outra professora, com 50 anos na época, comunicou ameaça e injúria. Em maio daquele ano, por volta das 19h20, a vítima recebeu uma mensagem no WhatsApp do então síndico, que dizia: "Sua fuxiqueira, biscate, crente safada. Você vai ter o que procura! Você não sabe com quem mexeu", conforme consta no documento policial.

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