Rafael Valim apoia decisão do CNJ sobre o juiz Eduardo Appio: 'é preciso justiça na Lava Jato'

247 - O jurista Rafael Valim destacou nesta terça-feira (30) a importância de o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, determinar a suspensão de uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF-4), que afastou o juiz Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), onde são julgados os processos de primeira instância jurídica da Operação Lava Jato. 

"Na linha do que pedimos na última sexta-feira, na qualidade de advogados do juiz Eduardo Appio, hoje o CNJ determinou a correção na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do TRF da 4ª Região. Pode ser o primeiro passo de uma indispensável justiça de transição para a Operação Lava Jato, a fim de que não sejam cometidos os mesmos erros no futuro", escreveu o jurista no Twitter.

A 13ª Vara será alvo de investigação, com acesso inclusive a documentos arquivados em seus computadores. Appio foi acusado de telefonar para o filho de um dos desembargadores do TRF-4, Marcelo Malucelli, se passando por uma terceira pessoa para ter acesso a seus dados pessoais. A ligação entre Appio e João Malucelli ocorreu em  2023. João é advogado do ex-juiz suspeito Sergio Moro (União Brasil-PR) e de Rosângela Moro (União Brasil-SP), senador e deputada federal, respectivamente. O parlamentar interpretou o telefonema de Appio como uma ameaça. 

O juiz Eduardo Appio é crítico dos métodos da Lava Jato quando Moro julgava os processos em primeira instância. Em março, Appio ouviu o advogado Rodrigo Tacla Duran, que implicou Moro em tentativa de extorsão. O atual senador negou as acusações.